O líder do PS acusou o Executivo de falhar na resposta a crises, apontando para riscos associados a eventuais alterações no direito à greve e privatizações na saúde e Segurança Social.
Em um comício realizado em Castelo Branco, Pedro Nuno Santos, líder do Partido Socialista, criticou veementemente o Governo, afirmando que este está sempre atrasado nas respostas a situações de crise. "Quem não consegue lidar com um apagão, com uma greve do INEM ou com a paralisação da CP, está incapaz de governar frente às adversidades e incertezas", disparou.
A sua argumentação centrou-se na recente greve dos comboios, onde considerou que a abordagem do primeiro-ministro consistiu em "ameaças e chantagens através da alteração da lei da greve".
Santos projetou um cenário preocupante, alertando: "Primeiro, alteram-se os direitos à greve; depois, revisitam-se as leis laborais e a segurança no emprego; culminando com a privatização da saúde e, finalmente, da Segurança Social. Se tiverem companhia da Iniciativa Liberal, isso poderá ocorrer ainda mais rapidamente".
O líder socialista enfatizou que, em questões de crises, o governo da Aliança Democrática "nunca chega a tempo", classificando-os como "os primeiros a chegar atrasados".