Política

AD lidera intenções de voto, mas a insatisfação com o Governo é palpável

há 4 horas

A sondagem mostra a AD em primeiro, mas uma esmagadora maioria critica a atuação do Executivo, questionando sua permanência no poder.

AD lidera intenções de voto, mas a insatisfação com o Governo é palpável

Se as eleições legislativas ocorressem hoje, a Aliança Democrática (AD), sob a liderança de Luís Montenegro, conquistaria 25% das intenções de voto, segundo uma sondagem realizada pelo ISCTE/ICS para o Expresso e a SIC. O Partido Socialista (PS), liderado por Pedro Nuno Santos, segue-se com 20%, enquanto o Chega e a Iniciativa Liberal (IL) alcançam 14% e 4% respectivamente.

A CDU alcança 3%, com o Livre e o Bloco de Esquerda (BE) a registarem ambos 2%. O PAN aparece em último lugar com 1% das intenções.

Curiosamente, 51% dos entrevistados afirmaram que o Governo tem desempenhado um "mau trabalho". Dentro deste grupo, 42% consideram que é momento de mudança de Governo, enquanto apenas 9% acreditam que ainda é cedo para tal decisão. Apesar de 38% reconhecerem um bom trabalho por parte do Executivo, 11% afirmam que é tempo de alteração, e 27% desejam a continuidade do Governo atual.

Adicionalmente, 67% dos inquiridos expressaram a opinião de que "Portugal está a seguir pelo caminho errado", enquanto apenas 22% acredita que o país está no rumo certo.

A crise política em questão teve início em fevereiro, com a divulgação, pelo Correio da Manhã, sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, que era detida inicialmente pela sua esposa e filhos. Este caso levantou questões sobre a compatibilidade dos titulares de cargos políticos. Após semanas de intensa cobertura mediática, que incluiu a revelação de um pagamento irregulado à Spinumviva, surgiram moções de censura ao Governo, apresentadas pelo Chega e pelo PCP, que foram rejeitadas.

Em resposta à crescente pressão, o primeiro-ministro decidiu, em 5 de março, apresentar uma moção de confiança ao Governo, a qual foi igualmente rejeitada, levando o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a convocar novas eleições legislativas.

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