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Oposição celebra chegada de opositores a solo americano

há 2 dias

A oposição venezuelana considera a saída de cinco opositores da embaixada argentina em Caracas como um avanço significativo na luta contra Nicolás Maduro, após meses de refúgio.

Oposição celebra chegada de opositores a solo americano

A oposição da Venezuela expressou hoje grande satisfação com a chegada a solo americano de cinco opositores, que se encontravam refugiados na embaixada argentina em Caracas durante mais de um ano. Para este movimento, a saída destes indivíduos representa um "marco" essencial na sua luta pela liberdade e pelo afastamento de Nicolás Maduro do poder.

A informação sobre a chegada dos opositores aos Estados Unidos foi confirmada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que descreveu a operação como um "resgate". Por outro lado, o governo venezuelano ainda não se manifestou sobre o incidente, enquanto meios de comunicação pró-regime se referem a uma "negociação".

Em comunicado, o comitê de campanha da líder da oposição, María Corina Machado, destacou que este evento simboliza a determinação da oposição e dos cidadãos venezuelanos que aspiram à liberdade. "O regime, fiel à sua natureza, negou até ao último momento os salvos-condutos solicitados desde março de 2024, mas não conseguiu impedir a força deste movimento incansável nem a solidariedade internacional", afirmou.

Rubio mencionou que a liberação dos opositores ocorreu "após uma operação precisa", garantindo que todos estão agora seguros nos Estados Unidos. Os cinco, acusados de conspirar para um atentado e ameaçados de prisão, tinham procurado abrigo na embaixada argentina desde 20 de março de 2024, quatro meses antes das eleições presidenciais em que Nicolás Maduro foi declarado vencedor, evento contestado pela oposição que alegou fraude.

Originalmente, o grupo incluía seis opositores, mas Fernando Martinez Mottola entregou-se às autoridades em dezembro de 2024 e acabou por falecer a 26 de fevereiro devido a problemas de saúde. Durante o tempo que passaram na embaixada, os indivíduos relataram cortes prolongados de eletricidade e interrupções no fornecimento de água.

Além disso, o governo argentino, sob a liderança do Presidente Javier Milei, sugeriu que o processo de extração dos cinco venezuelanos foi o culminar de meses de trabalho, iniciado desde a ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, agradeceu aos Estados Unidos pela operação, apesar de afirmar que não houve negociações com Maduro, referindo que "os ditadores são todos extorsionistas por natureza".

Desde agosto, a embaixada argentina opera sob proteção brasileira após a expulsão dos diplomatas argentinos, mesmo com o governo de Maduro a revogar essa autorização em setembro, citando alegações de planeamento de atos terroristas nas suas instalações. A maior coligação da oposição, a Plataforma Unitária Democrática, tinha apelado por pressão internacional para que fosse posto fim ao "cerco criminoso" à embaixada e para que os salvos-condutos fossem emitidos rapidamente.

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