Durante a sua visita a Moscovo, Lula da Silva fez um apelo à paz, criticado por alguns setores devido ao contexto do conflito na Ucrânia.
No passado dia de sexta-feira, o presidente do Brasil, Lula da Silva, visitou Moscovo para marcar o Dia da Vitória, uma cerimónia que celebra o 80.º aniversário da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.
Durante a sua estadia, Lula encontrou-se com o presidente russo Vladimir Putin e aproveitou a ocasião para solicitar uma extensão do cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. O presidente brasileiro sublinhou a importância da paz, afirmando que isso é crucial não apenas para a Rússia e a Ucrânia, mas também para potências como os Estados Unidos e a União Europeia, destacando que a paz evitaria gastos desnecessários em armamento.
"Nós queremos paz. É importante a paz para a Rússia, é importante para a Ucrânia, é importante para os Estados Unidos, é importante para a União Europeia, que não vai gastar dinheiro em armas", expressou Lula da Silva em declarações aos jornalistas.
Além disso, diplomatas brasileiros que foram entrevistados pela TV Globo indicaram que Putin escutou os apelos de Lula, mas não se comprometeu a prolongar o acordo de cessar-fogo, elogiando, no entanto, o governo brasileiro.
A visita de Lula a Moscovo gerou críticas, não apenas de políticos e diplomatas no Brasil, mas também do governo ucraniano, que questionou a oportunidade do encontro dadas as tensões atuais.
No evento comemorativo, marcaram presença diversos líderes mundiais, incluindo o presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assim como cerca de 20 outras figuras proeminentes, como o primeiro-ministro da Eslováquia e o presidente da Sérvia.