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O impacto do clima nas crises de enxaqueca: o que diz a ciência?

Pesquisas revelam que 30% a 50% dos afetados por enxaquecas associam as suas dores a mudanças climáticas. A neurologista Danielle Wilhour esclarece os efeitos do clima na saúde.

há 4 horas
O impacto do clima nas crises de enxaqueca: o que diz a ciência?

A neurologista Danielle Wilhour, entrevistada pelo site Science Alert, revela que aproximadamente 39 milhões de indivíduos nos EUA sofrem de enxaquecas. "É bastante comum que esses pacientes relatem o clima como um dos principais factores desencadeantes das suas dores de cabeça", afirma. As pesquisas indicam que entre 30% a 50% das pessoas que sofrem de enxaqueca reconhecem afinidades entre as suas crises e alterações climáticas.

Embora os mecanismos exactos ainda não sejam totalmente compreendidos, é sabido que os sistemas nervosos de quem sofre de enxaquecas são especialmente sensíveis a variações ambientais. Por exemplo, mudanças na pressão atmosférica, na temperatura ou na humidade podem activar circuitos no cérebro que provocam dor. A neurologista acrescenta que "essas crises não apenas afectam a rotina diária como também podem gerar uma sensação de impotência nos pacientes".

Entre os factores climáticos que mais frequentemente provocam enxaquecas, destacam-se:

  • Alterações na pressão barométrica: Quando as tempestades se aproximam, a pressão do ar tende a baixar. Algumas investigações sugerem que isso pode afectar a pressão no interior do crânio, resultando em dores.
  • Temperaturas extremas: Dias muito quentes ou frios, bem como mudanças bruscas de temperatura, podem desregular o organismo, contribuindo para crises de enxaqueca.
  • Humidade e poluentes: Altos índices de humidade ou variações nesses níveis, assim como poluentes atmosféricos, podem inflamar os nervos ligados às dores de cabeça.
  • Luz solar intensa: A forte exposição à luz é frequentemente um desencadeador, devido à hiperreactividade do sistema visual de pessoas propensas a enxaquecas.
  • Fenómenos meteorológicos: Tendem a existir associações entre ventos fortes e relâmpagos e o agravamento de crises em determinados indivíduos.

Num resumo, a interação entre mudanças climáticas e a sensibilidade biológica dos indivíduos com enxaqueca é uma área de investigação em crescimento. Embora cada paciente reaja de forma distinta, os dados científicos indicam que o clima pode ser um factor significativo nas crises de enxaqueca.

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