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Novo cessar-fogo em Sweida após intensos confrontos

O governo sírio anunciou um novo cessar-fogo em Sweida, onde a violência se intensificou após a chegada de forças governamentais. O conflito já resultou em mais de 300 mortos desde domingo.

16/07/2025 17:45
Novo cessar-fogo em Sweida após intensos confrontos

O Ministério do Interior da Síria declarou um novo cessar-fogo em Sweida, uma cidade predominantemente drusa, após o aumento da violência nos últimos dias. Segundo a agência de notícias síria Sana, foi estabelecido um acordo para um cessar-fogo e a implementação de barreiras de segurança na região.

Um cessar-fogo anterior, anunciado na terça-feira, foi rapidamente desrespeitado, levando a novos confrontos. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), as hostilidades resultaram em mais de 300 mortes desde o último domingo, superando a contagem anterior de 248 mortos.

Entre os mortos, 69 eram combatentes drusos e 40 civis drusos, dos quais 27 foram alegadamente executados sumaramente por forças governamentais. Além disso, 165 membros das forças governamentais e 18 combatentes beduínos também perderam a vida, muitos deles em ataques atribuído a Israel.

Por outro lado, um oficial militar israelita anunciou aos meios de comunicação que parte das tropas posicionadas na Faixa de Gaza será realocada para a fronteira com a Síria, onde Israel tem realizado ataques na defesa da comunidade drusa.

A província de Sweida, que abriga cerca de 700.000 habitantes, contém a maior comunidade drusa da Síria, parte de uma população drusa global de um milhão, a maioria dos quais reside no Líbano e em Israel, incluindo os montes Golã. Historicamente, os drusos em Israel têm sido uma minoria leal e frequentemente servem nas forças armadas.

As tensões entre drusos e tribos beduínas em Sweida são bem conhecidas e a violência intercomunitária tem ocorrido de forma esporádica. Atualmente, esta escalada de violência constitui um sério desafio para o governo interino de Ahmad al-Sharaa, que assumiu o poder após a queda de Bashar al-Assad, num país marcado por quase 14 anos de guerra civil.

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