Política

Nova Direita denuncia falta de renovação nos partidos tradicionais

há 5 horas

Ossanda Líber, presidente da Nova Direita, criticou PSD e BE por reavivar figuras do passado e defendeu medidas para resolver a crise da habitação.

Nova Direita denuncia falta de renovação nos partidos tradicionais

A presidente da Nova Direita, Ossanda Líber, manifestou hoje a sua preocupação com a falta de renovação nos partidos políticos, afirmando que o Estado pode considerar um endividamento temporário para enfrentar a crise habitacional. Durante uma arruada entre o Parque das Nações, em Lisboa, e Moscavide, Loures, Líber criticou tanto o PSD como o Bloco de Esquerda, sublinhando que estão a "buscar dinossauros" para as campanhas eleitorais.

“É urgente uma renovação, pois os partidos tradicionais não têm mais nada a oferecer”, afirmou a líder da Nova Direita, acrescentando que aqueles que têm assento parlamentar falham em resolver os "problemas reais das pessoas". Ela apontou que os partidos de direita têm realizado um "péssimo trabalho" recentemente e que não souberam aproveitar a maioria que lhes foi atribuída.

Referindo-se ao almoço comemorativo do 51.º aniversário do PSD onde marcaram presença vários antigos líderes do partido, Ossanda Líber lamentou a falta de jovens que possam trazer nova energia e criatividade à campanha. "Os partidos já não atraem indivíduos com qualidade para a política contemporânea", afirmou.

A presidente da Nova Direita também teceu críticas à Iniciativa Liberal, considerando que pretendem ser "absorvidos pelo PSD". A Nova Direita, por sua vez, garantiu ter propostas concretas para resolver questões críticas como a habitação, saúde e educação.

Ossanda Líber destacou que um país que não consegue fornecer habitação, saúde e educação adequadas é um país que falhou. No que diz respeito à habitação, a proposta da ND inclui o Estado a construir e vender casas a preços de custo aos cidadãos, admitindo a possibilidade de um "endividamento temporário" para realizar esta medida. Para os arrendatários, a ideia é que possam descontar o valor do arrendamento como forma de aquisição, levando à sua futura propriedade.

No âmbito da educação, a líder alertou que o sistema atual está a formar jovens "sem direção", para profissões que muitas vezes não oferecem oportunidade de emprego. Defendeu a necessidade de alinhar a formação com as necessidades de mercado.

A arruada foi tímida, com apenas sete simpatizantes a acompanhar a líder. Durante o evento, Ossanda Líber distribuiu panfletos e até encontrou um cidadão de 90 anos que se mostrou desiludido com a situação política, afirmando que, apesar de ter sempre votado, este ano não irá fazê-lo. Em resposta, a líder da Nova Direita chamou a atenção para o fato de que a abstenção prejudica as partes novas e apelou ao acto de votar.

A Nova Direita irá concorrer em 13 dos 22 círculos eleitorais nas próximas eleições de 18 de maio. Nas eleições legislativas de 2024, o partido obteve 0,25% dos votos, totalizando 16.442 votos.

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#NovaDireita #RenovaçãoPolítica #CriseHabitacional