O presidente do PSD denuncia influências políticas por trás da greve da CP e sugere que é necessário buscar um equilíbrio entre o direito à greve e outros direitos.
Durante uma ação de campanha na Figueira da Foz, Coimbra, o presidente do PSD e atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, expressou a sua posição sobre a greve da CP, que entrou no seu segundo dia sem serviços mínimos. Montenegro considerou a greve "completamente injusta" e afirmou que o governo "esforçou-se ao máximo para evitar tal situação".
"Estou convencido, assim como os membros do Governo que participaram nas negociações, de que as influências políticas e eleitorais impediram um resultado mais favorável", destacou o líder do PSD.
No entanto, Montenegro alertou que o governo não se comprometerá a negociar sob pressão, especialmente às vésperas de eleições, dado que se trata de um executivo em gestão. Ele fez um apelo para um futuro ajuste na legislação sobre greves.
"Esta greve é profundamente injusta, independentemente dos motivos de natureza sindical ou laboral que existam. Os danos que causa à vida das pessoas e ao funcionamento do país são desproporcionais", frisou. "É necessário chegar a um entendimento que permita conciliar o direito à greve com os direitos da população, evitando que o país pare totalmente".
Montenegro concluiu que "não se trata de restringir o direito à greve, mas assegurar que esse direito não prejudique significativamente outros direitos fundamentais".