Economia

Mobilidade de Trabalho: Fundamental para o Crescimento da Economia Europeia

Nos últimos cinco anos, 60% dos 12 milhões de empregos criados na zona euro foram preenchidos por pessoas em mobilidade laboral, revela o governador do Banco de Portugal.

há 7 horas
Mobilidade de Trabalho: Fundamental para o Crescimento da Economia Europeia

Durante uma conferência comemorativa do 46.º aniversário do Instituto Politécnico de Coimbra, Mário Centeno, governador do Banco de Portugal (BdP), revelou dados importantes sobre o mercado de trabalho na zona euro. Nos últimos cinco anos, foram gerados 12 milhões de empregos na região, dos quais 7,2 milhões (60%) foram ocupados por indivíduos que trabalham fora do seu país de origem, destacando a importância da mobilidade de trabalho.

Segundo Centeno, este fenómeno é essencial para o futuro da Europa e de Portugal. Ele afirmou que "sem a mobilidade, a Europa não terá futuro, e Portugal também enfrentará grandes desafios".

Além disso, o governador destacou que quase dois terços do aumento da produção em Portugal, nos últimos cinco anos, está diretamente relacionado com a mobilidade de pessoas e trabalho. "Se não tivéssemos essa mobilidade, teríamos perdido grande parte do nosso crescimento económico", declarou.

Centrando-se nos salários em Portugal, Centeno observou que, nos últimos dez anos, os vencimentos quase se duplicaram. "Os dados são impressionantes; conseguimos em dez anos o que em tempos levou 900 anos", disse. Este aumento salarial é impulsionado por um crescimento do emprego de quase 40%, bem como pela melhoria das qualificações profissionais.

Os setores que mais contribuíram para esta evolução são os que oferecem salários acima da média, como as atividades científicas e industriais, em contraste com o turismo que não figura neste crescimento. "São as áreas mais dinâmicas em qualificações que têm impulsionado este progresso", explicou Mário Centeno.

Por último, Centeno lembrou o impacto da crise financeira, referindo que, entre 2008 e 2014, o investimento na construção habitacional em Portugal caiu 83% e a produção nesse setor diminuiu em cerca de 60%. "Enfrentamos um grande desafio, mas é também uma oportunidade", concluiu.

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