EUA impõem sanções a 22 empresas envolvidas na venda de petróleo iraniano
Washington sanciona empresas em Hong Kong, Emirados e Turquia, acusando-as de facilitar o comércio ilegal de crude iraniano e financiar atividades do regime de Teerão.
Os Estados Unidos anunciaram a imposição de sanções a 22 empresas consideradas como "empresas de fachada", localizadas em Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Turquia. Estas entidades são acusadas de estarem ligadas a um sistema bancário paralelo que visa facilitar o comércio ilegal de petróleo iraniano.
O Departamento de Estado dos EUA declarou que essas empresas fazem parte de uma rede que apoia o regime de Teerão, utilizando-se de métodos encobertos para transferir fundos que sustentam a Força Quds e as operações do Guarda Revolucionária Islâmica, as quais contribuem para a desestabilização da paz e segurança internacionais, além de promover os programas de mísseis balísticos do Irão.
A nota publicada pelo Departamento de Estado enfatiza que esta rede foi constituída para ajudar o governo iraniano a gerar receitas a partir da venda de petróleo e outras mercadorias, apesar das sanções impostas pelos EUA.
O Departamento do Tesouro também informou sobre a existência de contas 'offshore' ligadas a centenas de milhões de dólares em lucros oriundos das vendas de petróleo iraniano, relatos que visam contornar as sanções e repatriar fundos para o Irão.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que o regime iraniano depende deste sistema bancário paralelo para financiar o seu programa de armas nucleares e mísseis, que representam uma ameaça para os EUA e seus aliados.
Estas sanções são a segunda onda dirigida contra estruturas financeiras que facilitam a venda de crude iraniano, numa altura em que o Presidente Donald Trump activou uma estratégia de "pressão máxima" contra Teerão.
O Departamento de Estado garantiu que os EUA continuarão a impedir o acesso do Irão às redes financeiras e ao sistema bancário global enquanto este país mantiver as suas atividades desestabilizadoras, enquanto ameaçou responsabilizar aqueles que procurem comprometer a paz e a segurança internacionais.
Representantes dos EUA e do Irão planeiam encontrar-se em Oslo, Noruega, após um período de intensa confrontação militar que resultou em milhares de mortos em ambos os lados, incluindo mais de mil no Irão e 28 em Israel.