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Militares moçambicanos avançam contra rebeldes no Niassa

há 4 horas

As Forças de Defesa e Segurança de Moçambique intensificam a luta contra ataques na Reserva Especial do Niassa, que resultaram em mortes e centenas de deslocados.

Militares moçambicanos avançam contra rebeldes no Niassa

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, reafirmou que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão a cumprir as metas estabelecidas na luta contra os rebeldes que atacaram a Reserva Especial do Niassa (REN), localizada no norte do país. Durante uma conferência de imprensa após a sua visita à Tanzânia, Chapo destacou que "apesar dos recentes ataques, as FDS estão no terreno a trabalhar para desmantelar as operações dos terroristas".

Os episódios violentos na reserva resultaram em duas mortes, com dois indivíduos ainda dados como desaparecidos, e mais de 1.500 pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O Presidente fez um apelo à paz, salientando que a população moçambicana anseia por estabilidade para que o país possa prosperar. "Queremos que a REN retorne ao seu propósito turístico, longe das incursões de terroristas, e para isso devemos redobrar esforços no combate ao terrorismo", enfatizou.

A Polícia de Moçambique, que investiga as atividades de grupos rebeldes na REN e na vizinha Cabo Delgado, destacou que um recente ataque na zona de caça desportiva de Mariri ocorreu a 29 de abril. Segundo reportagens locais, homens armados invadiram a área, provocando temor entre os residentes.

O porta-voz do comando-geral da Polícia, Leonel Muchina, confirmou que uma força policial permanente foi designada para garantir a segurança na região, onde os ataques têm sido recorrentes. "As FDS estão comprometidas em assegurar a estabilidade das coutadas afetadas", afirmou.

O ministro da Defesa, Cristóvão Chume, reconheceu a realidade dos grupos terroristas na REN, afirmando: "Estamos conscientes da situação. Eles são terroristas e estamos a mobilizar recursos para os combater."

Recentemente, tanto o Reino Unido como os Estados Unidos emitiram alertas sobre a atividade de grupos extremistas na REN, recomendando precauções aos cidadãos que pretendem visitar a região.

A província de Cabo Delgado, rica em reservas de gás, tem sido palco de uma rebelião armada desde 2017, que resultou em milhares de mortes e uma crise humanitária que afetou mais de um milhão de pessoas. De acordo com dados do Centro de Estudos Estratégicos de África, em 2024, pelo menos 349 pessoas perderam a vida em ataques relacionados a grupos extremistas, um aumento significativo em comparação com os anos anteriores.

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#MoçambiqueEmAlerta #CombateAoTerrorismo #PazEUnidade