"Mariana Marins recorda Juliana: 'Uma luz na nossa vida'"
Após o funeral da irmã Juliana, Mariana Marins relembra a força e alegria que Juliana trouxe à família, enquanto aguardam resultados da autópsia no Brasil.

Na passada sexta-feira, a comunidade de Niterói no Rio de Janeiro despediu-se de Juliana Marins, a jovem brasileira que perdeu a vida durante uma caminhada no vulcão Rinjani, na Indonésia. A sua irmã, Mariana Marins, partilhou a sua dor e recordações emocionantes, descrevendo Juliana como "uma luz" que iluminou as suas vidas.
Mariana revelou que a ligação entre ambas era muito especial e que Juliana sempre foi uma fonte de alegria e amor para a família. "Ela veio ao mundo para nos encher de felicidade, mesmo que a sua passagem tenha sido tão breve. Juliana ensinou-nos a lutar pelos nossos sonhos e a nunca desistir", afirmou.
Antes do nascimento de Juliana, Mariana esperava ter muitos irmãos, mas desde o momento em que Juliana nasceu, ocupou um espaço único nas suas vidas. "Tivemos 26 anos repletos de amor e cumplicidade. Ser irmã e amiga dela ao mesmo tempo foi uma dádiva", continuou emocionada.
A família, apesar da dor da perda, expressou gratidão pela possibilidade de se despedir de Juliana. "Sentimos um grande alívio por termos conseguido trazer o corpo dela de volta. Sem isso, o vazio na nossa alma seria insuportável", destacou Mariana.
As cerimónias fúnebres foram divididas em duas partes: uma aberta à imprensa e outra mais restrita, apenas para familiares e amigos. Inicialmente, a família pretendia que o corpo fosse cremado, mas devido a questões legais, optou pelo enterro, num momento de respeito em memória da jovem.
Após o acidente, uma primeira autópsia realizada na Indonésia concluiu que Juliana morreu de hemorragia interna resultante de lesões, sendo que ainda não foi esclarecido como ocorreu a queda fatal. A segunda autópsia, efectuada no Brasil, está atualmente a ser aguardada, com resultados esperados para a próxima semana.
Mariana Marins expressou também a sua indignação quanto à demora nas operações de resgate após o acidente. "Acredito que houve negligência, e vamos continuar a lutar para obter respostas", frisou.
A jovem, que explorava a Ásia desde o final de fevereiro, foi vista pela última vez por um drone de turistas, poucos dias antes de sua trágica queda.