Durante o funeral do Papa em Roma, o Presidente português defendeu que o encontro entre Trump e Zelensky pode impulsionar uma paz digna e justa, apelando a oportunidades de diálogo e reconciliação.
Em Roma, no âmbito das cerimónias fúnebres do Papa Francisco, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou que o encontro entre os chefes de Estado dos EUA e da Ucrânia, embora breve, representa um incentivo marcante para a paz. Segundo ele, a ocasião deve ser usada para construir uma paz digna e justa, capaz de conciliar diferentes pontos de vista.
Marcelo Rebelo defendeu que o desejo de uma paz anunciada na Basílica de São Pedro precisa de ser rápida e real, afastando qualquer ideia de rendição, que não corresponde a uma paz verdadeira. A sua observação foi feita durante a sua presença no funéreo do Papa Francisco, juntamente com outras figuras de elevado escalão, como o Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o primeiro-ministro Luís Montenegro e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
O breve encontro, que teve a duração de 15 minutos e decorreu na Basílica antes do início oficial do funeral, foi acompanhado por conversas positivas com o presidente francês e o primeiro-ministro britânico. Ademais, o porta-voz de Zelensky, Sergey Nikiforov, afirmou que as equipas dos EUA e da Ucrânia já estão a trabalhar na organização de um novo encontro entre os dois líderes.
Paralelamente, o cenário diplomático voltou a ganhar relevo, com o Presidente dos Estados Unidos a sublinhar que Rússia e Ucrânia encontram-se perto de um acordo, enquanto Vladimir Putin referiu a possibilidade de retomar negociações diretas, um processo interrompido desde 2022.