O chefe da diplomacia síria declarou que a decisão de Donald Trump de suspender as sanções representa um novo começo, prevendo um futuro mais estável para o país.
Hoje, Asaad al-Shaibani, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria, exprimiu o seu contentamento com a recente decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de levantar as sanções impostas à Síria. Al-Shaibani descreveu este momento como um "ponto de viragem decisivo" para o país, que se encontra em busca de "estabilidade, autossuficiência e uma verdadeira reconstrução", após anos de conflito devastador, segundo informações da agência síria Sana.
O anúncio de Trump sobre o levantamento das sanções ocorreu em Riade, poucas horas antes de um encontro com o líder sírio, Ahmad al-Sharaa, e após negociações com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman.
Durante a sua visita à Arábia Saudita, que marca o início de uma viagem de quatro dias pelo Médio Oriente, Trump referiu que as sanções à Síria tiveram um impacto "devastador", embora tenham cumprido um "papel importante". O Presidente norte-americano salientou a necessidade de permitir que a Síria "brilhe" após a queda do regime do ex-presidente Bashar al-Assad no final do ano passado e considerou essencial a remoção das sanções.
"Acredito que a suspensão das sanções trará paz ao povo sírio. Com um novo governo, espero que o país consiga estabilizar-se", afirmou Trump.
A administração dos EUA tinha estado a reconsiderar como lidar com Al-Sharaa desde que este assumiu o poder em dezembro. Trump mencionou anteriormente, ainda em Washington, que estava a considerar a possibilidade de retirar as sanções, tendo em conta o pedido do presidente turco Recep Tayyip Erdogan e mostrando certa confiança no novo governo.
Al-Sharaa, anteriormente conhecido como Abu Mohammed al-Golani, fez parte dos rebeldes da Al-Qaida no Iraque, após a invasão liderada pelos EUA em 2003, e enfrenta atualmente um mandado de captura por acusações de terrorismo no Iraque.