O Kremlin classificou como "inaceitável" a proposta de um cessar-fogo de 30 dias exigida por Kiev e aliados europeus, sublinhando a necessidade de "negociações sérias" para uma paz duradoura.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou hoje que a proposta de um cessar-fogo de 30 dias feita por Kiev e seus aliados europeus é considerada "inaceitável" para a Rússia. Peskov frisou que "a linguagem dos ultimatos não é apropriada" e deixou claro que a Rússia não tolerará esse tipo de abordagem.
Em resposta a este ultimato, o porta-voz enfatizou a importância de "negociações sérias" para encontrar uma solução pacífica e sustentável para o conflito na Ucrânia. Esta declaração surge após a proposta do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, de organizar conversações diretas entre as partes em Istambul, a ocorrer na quinta-feira.
Peskov não comentou o convite do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para um encontro pessoal com Putin, que seria o primeiro desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
No fim de semana, Kiev, juntamente com os seus aliados europeus, exigiu um cessar-fogo "completo e incondicional" a partir de hoje, considerando-o uma condição prévia para o progresso nas negociações de paz na Turquia.
A responsável pela política externa da União Europeia, Kaja Kallas, reiterou a necessidade de um cessar-fogo, acusando a Rússia de "estar a jogar" com a situação. Para esta tarde, está agendada uma reunião com líderes europeus para discutir a proposta de tréguas, conforme anunciou o Presidente francês, Emmanuel Macron.