O INEM revelou que o apagão de segunda-feira causou pressões e falhas no acionamento dos meios de emergência e no acesso ao SIRESP, mas as medidas de contingência permitiram a rápida normalização dos serviços.
O INEM divulgou um comunicado oficial em que reconheceu que o apagão ocorrido na última segunda-feira provocou “constrangimentos pontuais” no acionamento dos meios de emergência, devido a falhas nas infraestruturas de comunicação nacionais.
Entre as 13:00 e as 15:00, as redes móveis registaram uma pressão elevada, com destaque para um pico de 100 chamadas em espera e desligadas na origem, que foram recuperadas em sua totalidade pelos sistemas automáticos dos CODU.
Ao longo da tarde, as comunicações telefónicas, o acesso à internet e à rede SIRESP foram restaurados progressivamente, sendo o serviço normalizado por volta das 23:20. Durante o apagão, o INEM acionou o seu plano de contingência, mantendo os sistemas operacionais através de geradores automáticos.
Na jornada, os CODU receberam um total de 4.576 chamadas e acionaram 3.877 meios de emergência, números habituais para as segundas-feiras, dia com maior volume de atividade em emergências médicas. Equipes reforçadas e aplicações de triagem e processamento mantiveram-se completamente funcionais.
Apesar de relatos de atrasos no contacto com alguns meios, incluindo dificuldades via telemóvel e através do SIRESP, o primeiro-ministro Luís Montenegro afirmou que o Governo está a investigar o que ocorreu, para identificar acertos e falhas na operação.
O INEM ainda apontou que a autonomia energética dos edifícios dos CODU esteve assegurada com o uso dos próprios geradores, e que a rede de acionamento dos meios funcionou através dos Comandos Sub-regionais da ANEPC, por canais dedicados de rádio SIRESP.