Guarda prisional do EP da Carregueira, detido no 25 de Abril durante manifestação de extrema-direita, enfrenta processo disciplinar e suspensão cautelar de 90 dias.
Em meio à manifestação de extrema-direita realizada no 25 de Abril, em Lisboa, foi detido um guarda prisional, identificado como João Vaz, do EP da Carregueira. Este incidente, que ocorreu no contexto de um encontro não autorizado, sucedeu à detenção dos conhecidos militantes neonazista Mário Machado e do ex-juiz Rui Fonseca e Castro.
De acordo com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), o serviço de inspeção dos serviços prisionais já instaurou um processo disciplinar contra o guarda, depois de a informação ter sido transmitida pelo órgão de polícia criminal. A administração prisional informou ainda que o funcionário terá uma suspensão cautelar de funções por 90 dias, medida que será formalmente comunicada em breve.
João Vaz, conhecido pela sua condenação em 2022 por posse de arma proibida no âmbito do processo Hammerskins, integra um grupo de 27 arguidos acusados de crimes de ódio, agressões violentas e outras infrações motivadas por ideologias extremistas. A acusação do Ministério Público afirma que os envolvidos agiram para promover a superioridade da "raça" branca, efetuando ações violentas contra diversas minorias.
Após os confrontos ocorridos na zona do Largo de São Domingos, durante os desacatos à margem do desfile do 25 de Abril, a PSP procedeu à detenção dos três protagonistas, que foram levados ao Comando Metropolitano de Lisboa e libertados posteriormente, estando agora sujeitos a serem ouvidos pelo Ministério Público.