Índices europeus sobem com otimismo após acordo comercial EUA-China
Hoje, as principais praças financeiras da Europa iniciaram o dia em alta, impulsionadas pelo otimismo gerado pelo recente acordo comercial entre os EUA e a China.

Por volta das 09:00 em Lisboa, o EuroStoxx 600 registava um aumento de 0,81%, atingindo os 541,86 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt apresentavam subidas de 0,39%, 1,41% e 0,76%, respetivamente. Enquanto isso, as praças de Madrid e Milão subiam 0,49% e 0,27%.
Na bolsa de Lisboa, a tendência positiva manteve-se, com o PSI a subir 0,41% para 7.460,76 pontos, embora ainda abaixo do máximo alcançado a 16 de junho, que foi de 7.545,86 pontos, o mais elevado desde 6 de maio de 2014.
Na cena europeia, os investidores aguardam os dados da inflação na Espanha, que mostraram uma subida de duas décimas em junho, atingindo 2,2%. Essa subida é atribuída ao aumento dos preços dos combustíveis e dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas.
Além disso, na zona euro, está prevista a divulgação final dos índices de confiança do consumidor e das variações da confiança económica, industrial e dos serviços.
A Casa Branca, na quinta-feira, comentou que não considera o prazo de julho para novos acordos comerciais como "crítico". Após a conclusão das negociações com a China, que se comprometeu a aumentar as exportações de minerais raros, ainda permanecem em aberto questões relacionadas ao fentanil e ao acesso ao mercado chinês.
Os EUA planeiam agora firmar acordos com mais 10 parceiros comerciais nas próximas duas semanas, antes do prazo estipulado.
Para os países que ainda não fecharam acordos, existem a possibilidade de enviar cartas que definam taxas aduaneiras ou a opção de estender os períodos de negociações, conforme mencionado por analistas da Renta 4.
A União Europeia parece estar inclinada, embora sem consenso total, a acelerar um acordo com os EUA, a fim de prevenir tarifas aduaneiras que poderiam chegar a 50%, o que iria também facilitar o regulamento do mercado digital.
Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio encerrou com um crescimento de 1,41%, enquanto o de Xangai caiu 0,7%, o de Shenzhen diminuiu 0,34%, e o índice Hang Seng de Hong Kong registou uma queda de 0,15%.
Os futuros em Nova Iorque continuam a mostrar sinais de alta, com subidas de 0,41% para o S&P 500 e 0,33% para o Nasdaq.
Em Wall Street, a tendência foi positiva na quinta-feira, com o Dow Jones a terminar a sessão a subir 0,94%, alcançando 43.386,84 pontos – uma comparação ao histórico máximo de 45.014,04 pontos, verificado a 4 de dezembro de 2024.
O Nasdaq, que inclui as empresas tecnológicas, apresentou uma subida de 0,97%, fechando a 20.167,91 pontos, próximo do recorde de 20.173,89 atingido em dezembro do ano passado.
No mercado de petróleo, o Brent, referência na Europa, registrava um aumento para 67,73 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, nos EUA, subia 0,48%, atingindo 65,56 dólares antes da abertura do mercado.
O preço do ouro por onça troy, um ativo tradicionalmente considerado seguro, estava em queda para 3.284,19 dólares, comparado aos 3.331,44 dólares da quinta-feira e aos 3.432,34 dólares registados a 13 de junho, um novo pico histórico.
Os juros das obrigações a 10 anos da Alemanha, tidas como as mais seguras na Europa, também apresentaram uma leve subida, chegando a 2,586% em comparação com 2,568% na sessão anterior.