O chefe da diplomacia indiana advertiu que um ataque do Paquistão acarretará uma "resposta contundente", num clima de crescente tensão militar entre os países vizinhos.
Hoje, o ministro indiano dos Negócios Estrangeiros, Subrahmanyam Jaishankar, declarou que a Índia não tem intenção de agravar o conflito com o Paquistão, mas deixou claro que “se formos atacados, responderemos com firmeza”. Esta declaração surgiu um dia após o mais violento confronto militar em duas décadas entre os dois países.
Jaishankar fez a advertência durante um encontro com o seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi. A declaração surge na sequência de um aviso do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, que prometeu vingar os mortos dos ataques aéreos indianos, que foram retaliados após um atentado em Caxemira que vitimou 26 pessoas.
A escalada de tensões entre as duas nações tem sido marcada por confrontos diplomáticos e incidentes ao longo da linha de controlo que demarca a região de Caxemira. Na terça-feira, a Índia realizou bombardeamentos em várias regiões do Paquistão, alegando que estas eram “instalações terroristas”. O Paquistão respondeu abatendo aviões indianos e desencadeando uma série de bombardeamentos que resultou em pelo menos 38 mortos, um dos mais sangrentos confrontos nos últimos 20 anos.
No entanto, os últimos acontecimentos em Caxemira demonstram que a guerra de palavras é apenas o início. À data de hoje, a Índia informou que 13 civis foram mortos e 59 feridos em uma retaliação a um ataque paquistanês, enquanto Islamabad reivindicou a destruição de um drone indiano em Lahore.
O Irão, que se oferece como mediador, exprimiu a esperança de que ambas as partes exerçam moderação para evitar uma escalada de tensões, mantendo boas relações com ambos os países, com os quais partilha fronteiras.