Incêndios em Portugal: Mais de 2.700 Bombeiros Mobilizados na Luta Contra Fogo

Na meia-noite de hoje, à 00h45, mais de 2.700 operacionais estavam mobilizados para enfrentar os seis incêndios principais em Portugal continental. Os focos mais críticos situavam-se em Arganil (Coimbra), Sátão (Viseu) e Trancoso (Guarda), atraindo o maior número de recursos.

A informação proporcionada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizava 2.791 operacionais e 913 meios terrestres envolvidos nas operações de combate.

O incêndio em Arganil, que teve início na freguesia do Piódão durante a madrugada de quarta-feira, foi supostamente provocado por uma descarga elétrica devido a uma trovoada seca que afetou a região. Às 23h15, contava já com 813 operacionais no terreno, espalhando-se por Pampilhosa da Serra e alcançando os concelhos de Oliveira do Hospital e Seia, este último sendo parte do distrito da Guarda.

No Sátão, um incêndio em Vila Boa mantinha, à mesma hora, mais de 750 operacionais em ação. Este foco, que começou na madrugada de quarta-feira, rapidamente se alastrou para os concelhos de Sernancelhe e Aguiar da Beira.

Já em Trancoso, o incêndio mobilizava 508 operacionais e alastrou também para os municípios de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira, Celorico da Beira e Sernancelhe. Outro foco em A-do-Cavalo, no concelho de Trancoso, envolvia 70 operacionais.

Na serra da Lousã, um incêndio iniciado na quarta-feira contava com 315 operacionais e obrigou à retirada preventiva de 53 cidadãos de várias aldeias, devido à evolução do fogo por duas frentes distintas.

O incêndio que afeta os concelhos de Portalegre e Castelo de Vide, com três frentes ativas, tinha pelas 00h45 de hoje 322 operacionais dedicados ao combate.

Com as chamas ainda a arder, o incêndio em Tabuaço contava com 205 operacionais, enquanto que em Sirarelhos (Vila Real), o fogo que consumiu a serra do Alvão mobilizava 178 operacionais. O incêndio em Cinfães estava a ser combatido por 139 operacionais, e o foco em Vinhais (Bragança) tinha 51 operacionais.

Portugal permanece sob alerta devido ao risco de incêndio desde 2 de agosto, e as últimas semanas testemunharam o surgimento de vários incêndios, particularmente nas regiões norte e centro, que afetaram mais de 75 mil hectares de vegetação este ano.

A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou que a situação de alerta foi prolongada até domingo, em resposta ao calor intenso que se mantém durante 22 dias consecutivos. As restrições e proibições associadas permanecem em vigor para mitigar o risco de incêndios.