País

Número de interdições a banhos nas praias portuguesas quase reduzido a metade

Entre maio e julho de 2025, registaram-se 17 interdições a banhos em praias de Portugal continental, a maioria por contaminação microbiológica, revela a Zero.

há 2 horas
Número de interdições a banhos nas praias portuguesas quase reduzido a metade

Durante o período entre maio e julho de 2025, Portugal continental viu ser emitidas 17 interdições a banhos em suas praias, com 14 dessas situações decorrentes de contaminação microbiológica, duas relacionadas com salmonela e uma por precaução, afetando um total de 16 estâncias balneares, de acordo com a associação ambientalista Zero.

Estes números significam uma queda significativa em comparação com o ano anterior, que registou 31 interdições, quase reduzindo a metade. Neste período, a Zero observou que existem agora 673 águas balneares em monitorização, com um número bastante limitado de praias a apresentar problemas.

Em particular, no continente, onde existem 526 áreas balneares, foram registados 34 desaconselhamentos, três a mais do que em 2024. Desses, 21 foram devido a contaminação microbiológica, afetando 27 águas balneares. Na Madeira, até agora, houve quatro desaconselhamentos, enquanto os Açores não reportaram quaisquer restrições.

Em agosto, já ocorreram 13 situações de desaconselhamento ou proibição de banhos, com cinco destas certamente atribuídas a contaminação microbiológica. A Zero declarou que em algumas zonas balneares houve ultrapassagem dos níveis permitidos para os parâmetros microbiológicos analisados, nomeadamente Escherichia coli e Enterococcus intestinais.

A praia de Matosinhos destacou-se com o maior número de problemas, contabilizando três situações de desaconselhamento e uma interdição prolongada que durou quase duas semanas. Adicionalmente, Angeiras Norte, também em Matosinhos, registou problemas significativos de qualidade da água, levando a desaconselhamentos e interdições.

A situação recente na praia da Nazaré, onde uma descarga ligada ao sistema de saneamento originou mais de 100 atendimentos médicos, serve como um forte aviso às autoridades sobre a necessidade de melhorar a prevenção contra riscos de contaminação em praias adjacentes.

No que respeita às praias de Angeiras Norte e Labruge, de acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), descargas industriais no rio Onda causaram danos nas praias próximas, sublinhando a importância de uma fiscalização rigorosa às empresas em relação às águas residuais.

Em termos do Algarve, os desaconselhamentos nas praias de Alagoa, Altura e Praia Verde demonstram que, apesar do significativo esforço de amostragem à escala nacional, é crucial realizar coletas adicionais em locais históricos de boa qualidade de água, pois podem existir episódios de poluição não detetados.

Importa referir que nenhuma das 81 praias designadas como Praia Zero Poluição (onde não foi detectada qualquer contaminação nos últimos três anos) sofreu desaconselhamentos ou interdições por ultrapassagens dos parâmetros microbiológicos, conforme os dados disponíveis.

As informações foram recolhidas pela Zero com base nos relatórios mensais da APA e da Direção Geral de Saúde (DGS) sobre as águas balneares em Portugal Continental.

#PraiasSeguras #QualidadeÁgua #MeioAmbiente