Incêndio em Arganil atinge várias aldeias e preocupa na Mata da Margaraça

O incêndio florestal em Arganil, que se iniciou há mais de dois dias, está a levantar sérias preocupações devido à sua evolução descontrolada. O presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, expressou a sua inquietação ao mencionar que o fogo se está a propagar em várias direcções, ameaçando aldeias e a importante área da Mata da Margaraça.

De acordo com o autarca, as frentes de fogo a norte, oeste e sudoeste da freguesia do Piódão, onde o incêndio começou na quarta-feira, estão a criar situações de risco significativas. "A Mata da Margaraça encontra-se próxima das chamas, apesar de ainda não ter sido consumida pelo incêndio. As equipas estão a trabalhar na contenção, mas as condições são complicadas", afirmou.

Luís Paulo Costa explicou que, durante a madrugada, a situação se agravou, especialmente entre as 03h00 e as 04h00, quando ventos fortes e voláteis descontrolaram a situação. O fogo desceu uma encosta da serra do Açor, ameaçando as localidades de Moura da Serra e Casarias, e alastrou também pelos vales adjacentes.

A frente principal do incêndio dirige-se para o Alto de Vinhó, nas proximidades da aldeia da Cerdeira e já cruzou a estrada nacional 344. Esta situação é particularmente preocupante para a Mata da Margaraça, uma área classificada que pode estar em risco.

Em outras frentes, uma parte do incêndio que anteriormente ameaçava Sorgaçosa está a mover-se em direção ao Agroal, próximo de Pomares, enquanto uma quarta frente avança para sudoeste, em direcção a Porto Castanheiro, onde ocorre o troço de Arganil do Rali de Portugal.

Às 10h50, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, 911 operacionais estão no terreno, apoiados por 307 viaturas e 10 meios aéreos, na luta contra as chamas.