País

Incêndio devastador em Portalegre e Castelo de Vide atinge 1.300 hectares

As chamas consumiram 1.300 hectares nos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide, atingindo várias casas. O impacto na biodiversidade e infraestruturas é significativo.

há 2 horas
Incêndio devastador em Portalegre e Castelo de Vide atinge 1.300 hectares

Um incêndio que deflagrou nos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide atingiu uma área de aproximadamente 1.300 hectares. O incêndio, que foi considerado dominado na manhã de hoje, afetou diversas casas de 2.ª habitação e imóveis devolutos, como relataram as autoridades locais.

O presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita, afirmou à agência Lusa que “no conjunto dos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide, estamos a falar de uma área ardida na ordem dos 1.300 hectares”. João Vaz, o 2.º comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, também confirmou essa vasta área afetada pelas chamas.

Embora João Vaz tenha mencionado inicialmente que o incêndio não tinha alcançado a Serra de São Mamede, António Pita salientou que a maior parte das chamas ocorreu dentro da área do Parque Natural da Serra de São Mamede, resultando numa notável perda de biodiversidade.

O município de Castelo de Vide já iniciou o levantamento dos danos causados, embora o autarca avise que o balanço final poderá demorar a ser concluído. Até ao momento, foi constatado que algumas habitações, sobretudo casas devolutas e de 2.ª habitação na zona da Serra de São Paulo, foram impactadas, com António Pita a referir que “talvez cinco ou seis” tenham sofrido danos severos.

As chamas chegaram perto da vila de Castelo de Vide, atingindo propriedades de primeira habitação, no entanto, estas não foram destruídas, apenas afetadas, conforme relatado pelo autarca.

Além das moradias, o incêndio causou danos em várias infraestruturas, incluindo aquelas da EDP e sistemas de comunicação, afetando ainda um trecho das linhas de caminho-de-ferro. Os danos também se estendem a cercas e à vegetação local.

Deflagrado na quinta-feira às 14h01, o fogo foi considerado dominado às 10h19 de hoje, após reconhecimento aéreo do perímetro. De acordo com João Vaz, o incêndio afetou uma variedade de ecossistemas, incluindo eucaliptais, pinheiros, pastagens e sobreiros, resultando num perímetro de sete quilómetros e uma extensão de 33 quilómetros.

Os bombeiros continuam a trabalhar nas operações de rescaldo e consolidação, com equipes posicionadas nas áreas mais suscetíveis a reativações. Neste momento, cerca de 239 operacionais, apoiados por 79 viaturas e um meio aéreo, estão destacados na luta contra o fogo.

#PortugalEmChamas #IncêndioDevastador #BiodiversidadeEmRisco