Força de combate a incêndios em Portugal mobiliza mais de 3.500 operacionais

Às 08h00, mais de 3.500 operacionais estavam em ação no combate a 37 incêndios ativos em território nacional, conforme informações da Proteção Civil. No total, 3.569 bombeiros estavam no terreno, apoiados por 1.200 meios terrestres.

Os incêndios que mais preocupam neste momento são os que ocorrem em Sátão (Viseu) e Arganil (Coimbra), que concentram o maior número de recursos, com um total de 1.675 operacionais mobilizados.

O incêndio em Vila Boa, no concelho de Sátão, que começou na madrugada de quarta-feira, já se alastrou aos municípios vizinhos de Sernancelhe e Aguiar da Beira, mobilizando 847 operacionais e 285 viaturas para o seu combate.

No incêndio de Arganil, que teve origem na freguesia do Piódão também na madrugada de quarta-feira, acredita-se que a causa foi uma descarga elétrica originada por uma trovoada seca. Este incêndio mantém atualmente 828 operacionais e 290 meios terrestres.

Outro foco de incêndio em Trancoso, no distrito da Guarda, envolve 515 operacionais e 178 viaturas, estendendo-se para os concelhos de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira, Celorico da Beira e Sernancelhe. Na mesma área, em A-do-Cavalo, um outro incêndio requer a atenção de 52 bombeiros.

Na Serra da Lousã, o incêndio iniciado na quarta-feira conta com a intervenção de 290 operacionais e 87 viaturas, após ter evoluído para duas frentes, levando à evacuação preventiva de 53 pessoas de várias aldeias.

No concelho de Portalegre, 246 operacionais estão a combater as chamas, apoiados por 81 meios terrestres. Finalmente, em Cinfães (Viseu), a situação conta com 100 operacionais e 28 viaturas.

A Proteção Civil classificou estes incêndios como ocorrências significativas, devido à sua duração e ao número de meios mobilizados. Outros incêndios, como os de Tabuaço (Viseu) e Sirarelhos (Vila Real), já foram controlados, mas continuam a apoiar as operações com 164 e 176 operacionais, respetivamente.

Desde 02 de agosto, Portugal está sob aviso de alerta devido ao elevado risco de incêndio, e nas últimas semanas têm surgido diversos incêndios no norte e centro do país, que já destruíram mais de metade dos cerca de 75 mil hectares ardidos este ano.

A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou a prorrogação da situação de alerta até domingo, destacando que o Governo manterá as restrições e proibições já impostas, devido ao calor intenso que se mantém.