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Incêndio em Souto Maior: Periferia em Risco Apesar do Controle na Aldeia

O incêndio em Souto Maior, que se iniciou na tarde de ontem, continua a desafiar os bombeiros, com dificuldade na sua contenção devido ao vento e altas temperaturas.

16/07/2025 21:15
Incêndio em Souto Maior: Periferia em Risco Apesar do Controle na Aldeia

O comandante dos bombeiros de Sabrosa, José Barros, informou que a situação na aldeia de Souto Maior está parcialmente controlada, mas a periferia enfrenta grave risco de propagação do incêndio. "Embora tenhamos conseguido estabilizar a zona urbana, a parte periférica permanece vulnerável", relatou Barros. A elevada temperatura, atingindo aproximadamente 38 graus Celsius durante a tarde, aliada a ventos intensos e rotativos, complica as operações de combate.

O incêndio teve início pelas 13h30 na área de Feitais e rapidamente se alastrou para Souto Maior, consumindo vastas áreas de mato e pinhal. Às 20h00, já havia sete frentes ativas em quatro localidades distintas. Barros mencionou que a aldeia esteve completamente cercada pelo fogo, que se alastrou até às zonas centrais, atingindo áreas com vegetação combustível, como pinheiros e vinhas.

A segurança da população foi uma prioridade, levando à evacuação de várias pessoas, especialmente os mais idosos, devido à intensa quantidade de fumo. Até ao momento, não há registos de feridos.

Para a luta contra este incêndio, cerca de 370 operacionais estão mobilizados, com o apoio de 80 viaturas, incluindo elementos da GNR, Força Especial de Bombeiros, Cruz Vermelha e INEM. O combate aéreo também contou com a presença de oito meios aéreos durante o dia.

O comandante expressou preocupação face às previsões meteorológicas para a noite, especialmente com a continuação do vento. As frentes mais críticas permanecem direcionadas à vila de Sabrosa, bem como a outra frente que ameaça as aldeias de Delegada e Vale das Gatas.

A rápida propagação do incêndio, que ocorreu em uma área montanhosa de difícil acesso, trouxe à tona a fragilidade da região, caracterizada por um pinhal jovem, mas mal ordenado. "Tínhamos plena consciência do imenso potencial de risco aqui, desde Souto Maior ao rio Pinhão, e nada foi feito para mitigar essa situação", concluiu José Barros, evidenciando a complexidade do combate ao incêndio.

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