Rui Rocha, líder da IL, apelou a uma investigação sobre o crescimento da mortalidade infantil em 2024, questionando o impacto do encerramento de urgências de obstetrícia e da carência de médicos de família.
Rui Rocha, o líder da Iniciativa Liberal, solicitou hoje uma investigação minuciosa das razões por detrás do aumento da mortalidade infantil em Portugal em 2024. Esta declaração surgiu após uma visita a uma empresa de microalgas e sal marinho em Olhão, no distrito de Faro. A questão foi suscitada pela notícia do Correio da Manhã, que divulgou que a taxa de mortalidade infantil subiu 20% este ano.
No contacto com os jornalistas, Rui Rocha enfatizou a sua intenção de evitar "política e demagogia" nesta temática, mas reconheceu a gravidade dos dados e a necessidade de se compreender as causas desta situação "absolutamente indesejável".
O líder da IL sublinhou que, apesar de não estabelecer uma correlação direta, a realidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a intermitência das urgências e a falta de médicos de família para muitas mulheres grávidas levantam preocupações sérias. "Precisamos de investigar se estas questões estão a ter um impacto na saúde materno-infantil", afirmou.
A ministra da Saúde também abordou o tema, reconhecendo que a taxa de mortalidade infantil ter aumentado em 20% em 2024, num contexto de encerramento de várias urgências de ginecologia e obstetrícia, não é um indicador positivo. "Ter serviços de urgência fechados ou com funcionamento intermitente, especialmente nas áreas da pediatria, não representa uma boa resposta", enfatizou.
Conforme revela o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2024, Portugal registou 118.374 mortes, um ligeiro aumento de 0,1% em relação ao ano anterior, com 252 dessas mortes a serem de crianças com menos de um ano, refletindo um aumento significativo no número de óbitos infantis.