O líder do PS expressou grave preocupação com o aumento da mortalidade infantil em Portugal e criticou a ministra da Saúde pela sua falta de responsabilidade.
Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista, manifestou um elevado grau de preocupação relativamente ao crescimento da mortalidade infantil, numa resposta à revelação dos dados para 2024. Durante uma arruada em Coimbra, o líder do PS comentou que a ministra da Saúde não se mostra apta a assumir responsabilidades, afirmando que “o que está certo é da responsabilidade deles, enquanto o que está mal é da responsabilidade do governo anterior”.
Santos qualificou os membros do governo como "não credíveis nem sérios", sublinhando que “não se pode confiar” neles. Ele chamou a atenção para o facto de o atual governo ter abandonado a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), optando por realocar recursos para o setor privado, uma abordagem que, segundo ele, não vai resolver os problemas existentes na área da saúde.
O líder socialista descreveu a incapacidade do governo de Montenegro em apresentar soluções necessárias, acusando a ministra de Saúde, Ana Paula Martins, de não reconhecer os erros cometidos. “Ela nunca admitiu que houve falhas. Até hoje, não demonstrou disposição para assumir responsabilidades pelas questões agravadas na saúde”, criticou.
Por sua vez, a ministra Martins defendeu-se, argumentando que o aumento da mortalidade infantil pode estar mais associado à redução do investimento na saúde materno-infantil nos últimos anos do que aos encerramentos das urgências de ginecologia e obstetrícia ao longo de 2024. Durante as comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro, em Vila Real, a ministra afirmou: “Ninguém pode dizer que a taxa de mortalidade não está ligada à diminuição do investimento no sistema público na área materno-infantil” e reconheceu que os encerramentos não têm sido uma resposta adequada.