Os rebeldes hutis do Iémen anunciaram um ataque ao aeroporto Ben-Gurion em Telavive, que resultou em seis feridos. O exército israelita investiga o incidente.
Os rebeldes hutis do Iémen reivindicaram a realização de um ataque ao aeroporto internacional Ben-Gurion, em Telavive, provocando ferimentos ligeiros em seis pessoas, conforme relatório da televisão al-Massirah, alinhada com o grupo.
No seu comunicado, os hutis alertaram "todas as companhias aéreas internacionais" sobre a continuidade dos voos para este aeroporto, classificando-o de "perigoso para a aviação civil". O porta-voz militar do grupo, Yahya Saree, afirmou que um míssil balístico hipersónico foi direcionado com sucesso ao aeroporto, segundo a agência France-Presse (AFP).
Além disso, os hutis reportaram um ataque de drones contra um "alvo israelita vital" na região de Ashkelon, no sul de Israel.
As autoridades israelitas não comentaram sobre o ataque à Ashkelon, mas o serviço de emergência Magen David Adom (MDA) presta assistência a seis pessoas, quatro mulheres e dois homens, que apresentaram ferimentos ligeiros decorrentes da explosão no aeroporto.
A polícia israelita confirmou a queda de um míssil nas proximidades do terminal, embora não tenha esclarecido se este provinha do Iémen ou de um sistema de interceção israelita. O chefe da polícia local, Yair Hezroni, mencionou que a explosão criou uma cratera significativa, tanto em largura como em profundidade.
De acordo com relatos da imprensa israelita, a explosão ocorreu na área do Terminal 3, cujas atividades foram suspensas por cerca de uma hora. O exército de Israel, que está a investigar o incidente, informou que foram feitas várias tentativas de interceptar o míssil.
O Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, assegurou que haverá uma retaliação ao ataque, enfatizando que "quem nos causar dano será punido em maior medida".
Por sua vez, o porta-voz dos hutis considerou que a operação evidenciou o "fracasso dos sistemas de interceção dos EUA e de Israel", referindo que mais de três milhões de cidadãos israelitas buscaram refúgio e que houve a paragem total das operações no aeroporto por mais de uma hora.
Saree reafirmou que os hutis permanecerão determinados na sua luta contra a agressão dos Estados Unidos, destacando que a sua luta em prol dos palestinianos oprimidos continuaria, até que as hostilidades em Gaza cessem e o cerco seja levantado.
Desde o início do conflito em Gaza, após o ataque sem precedentes do grupo extremista Hamas em 7 de outubro de 2023, os hutis anunciaram vários ataques em solidariedade aos palestinianos. Além disso, realizaram ataques a navios que suspeitam estar ligados a Israel no Mar Vermelho, zona crucial para o comércio marítimo mundial.
Os hutis controlam partes do Iémen, matizado por uma guerra civil que começou em 2014, e fazem parte de uma aliança de resistência a Israel, que inclui o Irão e outros grupos radicais na região, como o Hamas e o Hezbollah libanês.