Ignat Kuzin, detido após atentado com carro armadilhado perto de Moscovo, enfrenta acusações graves, incluindo terrorismo, fabrico de explosivos e tráfico ilícito. Pode receber pena de prisão perpétua.
O Gabinete do Procurador-geral da Rússia acusou Ignat Kuzin de envolvimento em atos terroristas, fabrico de explosivos e tráfico ilícito, conforme anunciado pelo Comité de Investigação, responsável pelas principais inquéritos no país.
O suspeito, que admitiu ser o autor do atentado, alegou ter sido abordado por agentes dos serviços de segurança ucranianos, que lhe ofereceram uma recompensa de cerca de 18.000 dólares (aproximadamente 16.000 euros) para eliminar o general Yaroslav Moskalik, vice-chefe da direção operacional principal do Estado-Maior General das Forças Armadas russas.
Chegando à Rússia em setembro de 2023, Kuzin recebeu a missão que culminou numa explosão com um carro armadilhado, ocorrida na manhã de sexta-feira perto de Moscovo, resultando na morte do general Moskalik. Posteriormente, as autoridades russas classificaram o incidente como um ataque terrorista, imputando a responsabilidade aos serviços especiais ucranianos.
O episódio segue um triste precedente: em dezembro do ano passado, o tenente-general Igor Kirilov, responsável pela defesa radiológica, química e biológica da Rússia, foi vítima de um atentado à bomba quando se encontrava a sair de casa. Kuzin enfrenta agora a possibilidade de uma condenação a prisão perpétua, conforme prevê o código penal russo.