Homem acusado de assassinato de amigo no Porto aguarda decisão judicial
Hoje, o tribunal de São João Novo pronuncia-se sobre o caso de um homem acusado de matar um amigo num Alojamento Local no Porto, em abril de 2024.
O tribunal de São João Novo irá hoje proceder à leitura do acórdão referente a um caso perturbador de homicídio no Porto, onde um jovem está acusado de ter esfaqueado mortalmente um amigo num Alojamento Local (AL) em abril de 2024.
Segundo a acusação, o arguido e a vítima, ambos de nacionalidade estrangeira, tinham viajado juntos para a cidade e estavam alojados na zona do Bonfim. O suspeito, em circunstâncias ainda não esclarecidas, terá decidido pôr fim à vida do amigo, realizando pesquisas na Internet e comprando um bilhete para sair do país.
No dia anterior ao crime, o arguido terá atacado a vítima com uma faca de cozinha, desferindo múltiplos golpes na cabeça, tronco, braços e, sobretudo, no pescoço. Além de esfaquear, o suspeito terá mordido a vítima em várias partes do corpo, incluindo o tórax e o braço direito, chegando a arrancar o polegar.
Após o crime, o homem terá comprado um grande saco de viagem para ocultar o corpo, elimando os pertences da vítima, limpando o apartamento e desligando a câmara de videovigilância.
Na primeira audiência, que teve lugar em janeiro deste ano, o acusado, de 24 anos, explicou que ele e o amigo tinham passado uma semana no Porto e que, ao comunicar a sua intenção de regressar aos Países Baixos, o que levou a uma discussão entre ambos. O arguido referiu ainda que, quando se deu conta de que o amigo estava armado com uma faca, procurou defendê-se, mordendo o amigo até conseguir tomar posse da faca utilizada no ataque mortal.
Os motivos que levaram a este trágico desenlace estariam ligados ao pedido de dinheiro que a vítima teria feito ao arguido, que se recusou a ceder. O Alojamento, alugado pelo arguido, era um estúdio simples com uma cama. Uma testemunha, um motorista de TVDE, confirmou que o acusado lhe pediu ajuda para ir ao aeroporto, oferecendo-lhe uma quantia avultada de dinheiro. A testemunha, ao perceber a gravidade da situação, decidiu dirigir-se a uma esquadra da PSP.
A leitura do acórdão está agendada para as 14:00.