Política

Histórica Participação nas Eleições de 2024

há 4 dias

As eleições de 2024 atingiram um recorde absoluto de 6.473.789 votos, destacando a trajetória evolutiva da democracia e a crescente representação feminina em Portugal.

Histórica Participação nas Eleições de 2024

As eleições legislativas de 10 de março de 2024 marcaram um novo patamar na democracia portuguesa, com 6.473.789 votos registados – o maior número em termos absolutos, mesmo que a participação percentual tenha sido superior em 1979.

Um estudo da Pordata, que traça a evolução das eleições legislativas desde as primeiras eleições livres em 1975, revela que, entre as 17 eleições realizadas, apenas em 2019 foi observada uma taxa de abstenção elevada (51,4%). Desde 2009, a participação nunca ultrapassou os 60%.

Os dados mostram que, em quase todas as eleições, os votos combinados do PS e dos partidos que integram a Aliança Democrática (PSD e CDS-PP) ultrapassaram os dois terços dos votos válidos, excetuando 1980 (49,9%), 1985 (52,1%) e 2024 (59,4%).

Em termos de crescimento partidário, os estudos destacam duas eleições emblemáticas: 1985, com o Partido Renovador Democrático (PRD) de António Ramalho Eanes a alcançar 18,4% dos votos e a aumentar para 45 deputados, e 2024, em que o Chega registou 18,1% dos votos, elevando a sua representação de 12 para 50 deputados face às eleições anteriores.

Outros marcos incluem o recorde absoluto de votos para o PSD em 1991, com 2,9 milhões de votos, e o facto de o PS ter eleito o maior número de deputados (121) em 2015, embora tenha perdido significativamente assentos nas eleições de 2024, passando de 120 para 78 mandatos.

O estudo também evidencia uma evolução marcante na paridade de género: desde 2015, as mulheres representam pelo menos 30% dos deputados, contrastando com 1976, quando apenas 15 deputadas (5,7% do total) foram eleitas. A Assembleia com maior representação feminina foi a de 2019, com 38,7% de deputadas.

Por fim, uma análise ao sistema eleitoral português mostra que os quatro maiores círculos – Lisboa, Porto, Braga e Setúbal – são responsáveis pela eleição de mais de metade dos 230 deputados. Nos últimos resultados, o método d’Hondt favoreceu os partidos PSD, PS e Chega, que, com 78% dos votos válidos, conquistaram mais de 90% dos assentos no Parlamento.

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