Centenas de milhares de cidadãos protestaram em Madrid contra a violência na Palestina e o comércio de armas com Israel, reunindo vários líderes políticos.
Hoje, Madrid foi palco de uma significativa manifestação, organizada pela Rede de Solidariedade Contra a Ocupação da Palestina (RESCOP), que uniu milhares de pessoas nas suas ruas. O protesto decorreu de Atocha até à Puerta del Sol, com o objetivo de criticar a intensificação das ações militares israelitas em Gaza e na Cisjordânia, clamando também por um boicote a Israel.
Este evento ocorreu numa data simbólica, marcando o 77.º aniversário do êxodo palestiniano, que remonta à criação do Estado de Israel em 1948. Entre os manifestantes estavam diversos representantes políticos do partido Podemos e da Esquerda Unida, que se juntaram à onda de apoio à causa palestiniana.
A situação em Gaza é alarmante, especialmente após Israel ter imposto, em março, um bloqueio severo à entrada de ajuda humanitária, na expectativa de restringir os acessos do grupo Hamas ao material. Desde o início da ofensiva em outubro de 2023, este bloqueio tem sido o mais rigoroso, num contexto de conflito que eclodiu após um ataque sem precedentes do Hamas a Israel no dia 7 desse mês, que resultou em cerca de 1.200 vítimas mortais e mais de duzentos reféns.
Os ataques israelitas levaram a mais de 52 mil mortos até à data, com a infraestrutura de Gaza praticamente em ruínas, um território sob controle do Hamas desde 2007. A comunidade internacional de ajuda humanitária expressa alarmante preocupação com a escassez de mantimentos, tendo reportado a limitação no acesso à ajuda nos últimos meses.
Recentemente, o governo britânico também manifestou a sua desaprovação quanto aos planos de Israel sobre o aumento das operações militares em Gaza.