Rússia considera proposta de trégua de Kyiv, mas rejeita pressão externa

A presidência russa, através do seu porta-voz Dmitry Peskov, afirmou que o Kremlin "vai considerar" a proposta de cessar-fogo avançada pelos aliados ocidentais da Ucrânia, de acordo com fontes da imprensa estatal russa.

"Precisamos de pensar sobre isto. Este é um novo acontecimento", declarou Peskov em entrevista à CNN, lembrando que a Rússia não aceitará pressões: "Mas tentar pressionar-nos é completamente inútil".

A posição do Kremlin surge numa altura em que a Ucrânia e seus aliados europeus exigem um cessar-fogo total e incondicional de, pelo menos, 30 dias a partir de segunda-feira, advertindo que a sua recusa poderá resultar em novas sanções económicas.

A proposta foi articulada durante uma reunião em Kiev que contou com líderes de vários países, incluindo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros do Reino Unido, Keir Starmer, e da Polónia, Donald Tusk, além do novo chanceler alemão, Friedrich Merz.

Merz e Macron enfatizaram que um "aumento drástico das sanções" poderá ser imposto caso Putin não aceite a proposta, adiantando que os principais aliados europeus da Ucrânia estão em coordenação com o Presidente dos Estados Unidos.