"Governo traz estabilidade às escolas e promete continuidade na educação"

Fernando Alexandre, cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) por Santarém e atual ministro da Educação, sublinhou, durante um comício no centro histórico da cidade, que a educação não tem sido um tópico central nas discussões políticas atuais. Ele expressou a sua surpresa diante da ausência deste assunto, dado que existem inúmeros desafios a resolver no sistema educativo português.

O ministro revelou já ter comunicado ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, a sua disponibilidade para continuar no Executivo em caso de vitória nas eleições de 18 de maio. "Em apenas 11 meses, este Governo devolveu a tranquilidade às escolas”, afirmou, destacando que os professores agora se encontram motivados e a cumprir a sua missão pedagógica.

Fernando Alexandre criticou o Partido Socialista (PS), argumentando que este se recusa a reconhecer os direitos dos docentes, que anteriormente se mobilizavam nas ruas em busca de justiça. Ele ressaltou que agora os professores estão focados no seu trabalho nas salas de aula, contribuindo para o desenvolvimento das crianças e jovens.

Em seu discurso, o ministro também fez uma análise política, acusando o PS e o Chega de tentarem travar o progresso do Governo. "É evidente que nas últimas oito anos, os problemas não foram resolvidos. A diferença entre este Governo e os anteriores está a tornar-se clara", disse.

Fernando Alexandre considerou que nas próximas eleições, a avaliação do trabalho realizado em 11 meses pelo Governo está em jogo, contrastando com a inação dos executivos anteriores. Ele defendeu que os membros do atual Governo devem estar na frente de lista em todos os distritos para servir esta avaliação nacional.

Sobre os desafios no setor da educação, o ministro relembrou que a revisão do estatuto da carreira docente estava em curso antes da atual crise política e enfatizou a necessidade de modernizar a organização do Ministério da Educação.

Ainda antes da dissolução do parlamento, Alexandre explicou que se estava a trabalhar na atualização do estatuto jurídico das instituições de ensino superior, um processo que deveria ter sido iniciado há uma década.

Por fim, o ministro expressou a sua frustração face à falta de discussão do programa eleitoral na área da Educação e Ciência, áreas onde o Governo tem feito investimentos significativos. “Esperamos poder continuar com o nosso trabalho”, concluiu.