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Família de Juliana solicita à justiça brasileira nova autópsia

A iniciativa da família de Juliana Marins visa esclarecer as circunstâncias da sua trágica morte no vulcão Rinjani, na Indonésia. O corpo da jovem ainda não foi levado para o Brasil.

30/06/2025 15:51
Família de Juliana solicita à justiça brasileira nova autópsia

A família de Juliana Marins, uma jovem brasileira encontrada morta após uma queda no vulcão Rinjani, na Indonésia, formalizou um pedido à justiça do Brasil para a realização de uma nova autópsia. O corpo da jovem, que foi encontrado quatro dias após o acidente, ainda permanece no país asiático.

Mariana Marins, irmã de Juliana, revelou que, com a ajuda do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança (GGIM) da Prefeitura de Niterói, acionaram a Defensoria Pública da União (DPU-RJ) para que o pedido fosse apresentado à Justiça Federal. "O nosso objetivo é entender melhor o que aconteceu com Juliana", afirmou Mariana em declarações à CNN Brasil.

Depois de relatar a angústia que sentem, a irmã sublinhou que a família enfrenta uma série de dificuldades desde o início do trágico episódio e que deseja esclarecer se houve algo que não foi devidamente considerado na primeira autópsia.

Os resultados preliminares da autópsia, revelados na sexta-feira, indicaram que Juliana faleceu devido a ferimentos graves que causaram danos internos e hemorragias. O médico legista, Ida Bagus Alit, mencionou rastos de arranhões, escoriações e fraturas consideráveis em várias partes do corpo da jovem. A teoria de morte por hipotermia foi descartada, uma vez que não foram encontradas lesões relacionadas.

Numa publicação recente no Instagram, Mariana partilhou as dificuldades para garantir o traslado do corpo da irmã para o Brasil, expressando frustração com a companhia aérea Emirates, que não confirmou o voo. "Precisamos que a Emirates se mobilize e traga Juliana para casa", escreveu.

Juliana, de 26 anos, estava em viagem pela Ásia, onde explorou países como Filipinas e Vietname, antes de chegar à Indonésia no final de fevereiro. Após uma queda no vulcão, a jovem ficou desaparecida durante dias, sem acesso a água e alimento, levando a família a criticar a forma como as autoridades locais geriram o processo de resgate. A equipa de resgate, no entanto, reconheceu a complexidade da operação.

Última vista por turistas através de drones enquanto estava sentada após a queda, Juliana foi deixada em busca de socorro, com relatos indicando que o seu guia turístico ficou atrás dela após a devida queixa de cansaço.

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