Falência Técnica e Dúvidas na Gestão Marcam Incêndio do HDES
Técnico atribui o incêndio a uma falha imprevisível nos condensadores, enquanto controvérsias sobre a gestão e a manutenção ambiental continuam a emergir.
Um técnico da Segma apontou hoje, à comissão parlamentar de inquérito, que a origem do incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) reside numa falha repentina dos condensadores ou componentes associados, sublinhando a imprevisibilidade do fato.
Carlos Pereira, engenheiro responsável pela manutenção elétrica, referiu que, apesar dos equipamentos terem 11 anos e meio – com substituição apenas prevista para 2026 – tudo apontava para uma operação normal, sem anomalias na instalação que cumpria as normas legais.
Após o episódio, a rede elétrica do hospital teve a energia robustamente reestabelecida apenas dezassete dias depois, com postos de transformação e grupos de geradores a entrarem em funcionamento.
Outro técnico, José Jesus Silva, criticou a escassez de pessoal qualificado para intervenções e a decisão do Governo Regional de optar por um hospital modular provisório, em vez de investir na recuperação do edifício principal, alegando que essa escolha comprometeu a qualidade dos cuidados prestados.
A comissão de inquérito, criada pela bancada do PSD na Assembleia Regional, continua a ouvir especialistas e autoridades para determinar as causas deste acidente que, a 04 de maio de 2024, forçou a transferência dos doentes para outras unidades de saúde.
