Ex-militares da Força Aérea punidos por abusos em praxes
Dois ex-militares da Força Aérea foram condenados por praxes violentas e uso indevido de armamento, resultando em penalizações financeiras e compensações às vítimas.

Dois ex-militares da Força Aérea foram recentemente sentenciados por praxes violentas infligidas a dois antigos soldados na Base Aérea N.º5 - Monte Real. Um dos arguidos recebeu uma pena de dois anos e quatro meses de prisão, suspensa por um ano, relacionada com os atos violentos que perpetraram, enquanto o segundo foi multado em 1.920 euros por uso indevido de uma arma.
Adicionalmente, os condenados foram obrigados a indemnizar uma das vítimas em 400 e 1.000 euros, por humilhação e sofrimento emocional.
O tribunal de São João Novo, no Porto, também decidiu que os restantes sete ex-militares devem pagar uma indemnização total de 3.000 euros a uma das vítimas, a título de compensação pelos atos de violência psicológica e física.
O processo envolveu dez ex-militares da especialidade de Polícia Aérea, que atuaram entre maio de 2018 e setembro de 2019, no contexto de um alegado "processo de integração". A acusação sustentou que os arguidos coerentemente forçavam os ofendidos a ingerir ração e líquidos destinados a cães, além de os confinar em gaiolas de transporte de animais, sendo posteriormente transportados em círculos próximos da base, num terreno difícil.
Os dois ex-soldados, hoje com 27 anos, assim como os arguidos, que têm entre 28 e 35 anos, já deixaram a Força Aérea Portuguesa.