O Departamento de Estado norte-americano anunciou a integração do Gabinete de Assuntos Palestinianos na embaixada dos EUA em Israel, refletindo uma mudança na abordagem diplomática.
Em um comunicado recente, o Departamento de Estado dos EUA informou que o Gabinete de Assuntos Palestinianos, até agora situado em Jerusalém, será integrado na embaixada dos Estados Unidos na capital israelita. A porta-voz Tammy Bruce esclareceu que esta fusão resulta da decisão do secretário de Estado, Marco Rubio, que optou por unir as funções do gabinete às demais divisões da embaixada.
A nova estrutura fará com que o gabinete passe a reportar diretamente ao embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, como parte de uma estratégia que busca consolidar a missão diplomática sob a supervisão de uma única autoridade.
Bruce mencionou que Huckabee tomará as providências necessárias para efetivar esta fusão nas próximas semanas, enfatizando que os Estados Unidos continuam a valorizar a sua histórica relação com Israel, almejando reforçar a segurança e promover a paz na região.
Até agora, o Gabinete de Assuntos Palestinianos tinha uma comunicação direta com Washington sobre os assuntos palestinianos. Durante o seu mandato, o ex-presidente Donald Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e transferiu a embaixada para a cidade, ao mesmo tempo que suspendeu as operações do consulado, que, por sua vez, passou a ser designada Unidade de Assuntos Palestinianos sob a embaixada.
A administração do presidente Joe Biden, que assumiu em 2021, optou por não reabrir o consulado, mas reestruturou a unidade, renomeando-a para Gabinete de Assuntos Palestinianos e devolvendo-lhe a capacidade de comunicação direta com o Departamento de Estado.
Segundo Bruce, a reestruturação não indica um maior compromisso com os palestinianos, mas busca assegurar que temas cruciais sejam discutidos de forma coesa.