Netanyahu levanta questões sobre o futuro de três reféns em Gaza

O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, revelou hoje a sua preocupação em relação à sorte de três reféns que permanecem em Gaza desde o ataque de 7 de outubro de 2023. Durante um vídeo divulgado na plataforma Telegram, Netanyahu afirmou: "Sabemos com certeza que 21 reféns estão vivos, não há discussão sobre isso, mas, infelizmente, não podemos confirmar o estado dos outros três."

"É importante frisar que 21 reféns estão em segurança, mas não abdicamos da esperança em relação aos restantes, nem aos três em questão", acrescentou o líder israelita.

A situação complicou-se ainda mais quando, na terça-feira, o ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou que três reféns haviam sido dados como mortos em Gaza pela facção extremista Hamas, afirmando que apenas 21 estariam vivos. Contudo, de madrugada, Gal Hirsch, o mediador encarregado dos reféns por parte de Israel, contradisse essa informação, mantendo o número total de reféns em 24 ainda em cativeiro.

Hirsch comunicou através da rede social X que, no total, 59 reféns estão sob a custódia do Hamas, dos quais 24 são dados como sobreviventes e 35 têm a morte oficialmente confirmada. Desde o ataque de outubro, 251 pessoas foram raptadas em território israelita, um evento que deu início à atual escalada de conflitos na Faixa de Gaza.

O ataque do Hamas provocou a morte de 1.218 pessoas em Israel, a maioria delas civis, segundo dados da agência francesa AFP. Por sua vez, as ações militares de retaliação de Israel custaram a vida a, pelo menos, 52.653 cidadãos em Gaza, predominantemente civis, de acordo com informações do Ministério da Saúde do Hamas, dados esses que são considerados dignos de crédito pela ONU.