Estudo da Microsoft revela profissões mais vulneráveis à automação por IA

Desde o lançamento do ChatGPT, em finais de 2022, o debate sobre o impacto da Inteligência Artificial no mercado de trabalho tem vindo a intensificar-se. Alguns especialistas apontam para a possibilidade de eliminação de postos de trabalho, enquanto outros acreditam que novas oportunidades poderão surgir, com funções mais inovadoras e menos repetitivas.

A Microsoft apresentou agora um estudo que busca identificar quais profissões estão mais propensas a serem afetadas pela automação. Esta pesquisa baseia-se na “avaliação de aplicabilidade de IA”, realizada através de perguntas dirigidas ao 'chatbot' Copilot do motor de busca Bing.

Os resultados indicam que profissões como intérpretes, tradutores, historiadores, autores, especialistas em relações públicas e matemáticos estão entre as mais suscetíveis à substituição por soluções de IA. Esses postos de trabalho envolvem, principalmente, tarefas de análise, comunicação e manuseio de informações especializadas.

Por outro lado, profissões como engenheiros de navios, enfermeiros e mecânicos apresentam uma menor aplicabilidade de tecnologias de IA, o que indica uma maior segurança em relação à sua substituição.

A Microsoft levanta uma advertência: embora o estudo identifique áreas com potencial para a aplicação de IA, não significa que determinadas profissões estejam condenadas a desaparecer. Segundo a empresa, o foco do estudo é apenas identificar setores onde a Inteligência Artificial pode ter um impacto mais intenso.

“É tentador concluir que funções com elevada sobreposição com a IA serão automatizadas, levando a perdas de emprego, enquanto outras se expandirão e terão aumentos salariais. Contudo, isso seria uma interpretação apressada, já que os dados analisados não contemplam os efeitos comerciais a longo prazo da nova tecnologia, que costumam ser complexos e por vezes inesperados”, refere a análise.