Política

Encontros e Desentendimentos em Espinho Marcam a Campanha Eleitoral

há 4 horas

Em Espinho, Luís Montenegro, do PSD, afasta possibilidades de aliança com a IL, enquanto o PS aponta desconfianças na coligação AD e as lideranças de outros partidos também participam da corrida eleitoral.

Encontros e Desentendimentos em Espinho Marcam a Campanha Eleitoral

No decorrer da campanha em Espinho, as caravanas do PS e da AD tiveram um encontro tumultuado. O primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, evitou confirmar quaisquer diálogos com a IL sobre uma possível colaboração pré-eleitoral. Em sua cidade natal, Montenegro criticou a imprensa ao abordar a Spinumviva, uma empresa familiar que está na origem da crise política recente.

A feira de Espinho testemunhou a presença de outros partidos, como o PAN e o PPM, que, curiosamente, não fazem parte da coligação PSD/CDS-PP, exceto nos Açores.

Pedro Nuno Santos, do PS, acusou a AD de desentendimentos internos sobre a IL, comentando que a situação "é uma mistura explosiva" e que houve uma clara "revolta" e desejo de mudança entre a população local.

A relação entre AD e IL tem sido um tema recorrente nos últimos dias. Nuno Melo, presidente do CDS-PP, defendeu que a coligação é restrita a dois partidos. Em um momento recente, Rui Rocha, da IL, revelou que recebeu uma proposta de aliança do PSD, mas que não pretende ser uma mera extensão de outra força política.

Questionado sobre as declarações de Rocha, Montenegro minimizou a questão, referindo-se a "mexericos políticos" e negando tensões com o CDS-PP. Após uma arruada, quando questionado sobre a continuidade da sua empresa familiar e a consequência disso nas eleições, Montenegro manifestou irritação com a insistência nas perguntas da imprensa.

Em resposta, Rui Rocha, em Olhão, comentou que Montenegro não desmentiu as interações entre PSD e IL e que o assunto em questão "provavelmente gera algum desconforto". Ele ainda sublinhou que a IL está a ser "atacada" de várias frentes e reprovou as críticas do PS, lembrando a gestão de governo do partido com o PCP e o BE.

No nono dia da campanha, André Ventura, presidente do Chega, criticou o PSD por "instabilidade", reiterando que sua formação é a única capaz de garantir um governo estável. Entretanto, à esquerda, Mariana Mortágua, do BE, traçou uma visão de confiança, aludindo ao apoio do partido à questão da habitação.

Rui Tavares, do Livre, focou-se na expansão dos corredores de autocarro, afirmando que seu partido será crucial na formação de um governo de esquerda. Por sua vez, Paulo Raimundo, do PCP, estabeleceu como meta retornar aos resultados de 2022, visando aumentar a representação no Parlamento.

Por último, Inês de Sousa Real, do PAN, fez um apelo emocional ao voto, enfatizando a sua luta por causas sociais e ambientais, criticando diretamente a atuação do governo PSD/CDS-PP.

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