No primeiro trimestre de 2023, a EDP Renováveis reportou lucros de 52 milhões de euros, uma diminuição de 24% em relação ao ano anterior, apesar do aumento na produção de eletricidade.
A EDP Renováveis (EDPR) anunciou lucros de 52 milhões de euros no primeiro trimestre de 2023, o que representa uma queda de 24% comparativamente ao mesmo período de 2022, segundo uma comunicação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O EBITDA (Resultados Antes de Juros, Impostos, Amortizações e Depreciações) da empresa subiu 5%, atingindo 476 milhões de euros.
Os resultados do primeiro trimestre foram impactados negativamente em 13 milhões de euros devido a "itens não recorrentes", relativas à "depreciação acelerada" do projeto eólico Meadow Lake IV, situado nos Estados Unidos, que está a passar por um processo de repotenciação.
No que diz respeito às receitas, a EDP Renováveis registou 763 milhões de euros entre janeiro e março, uma subida de 21% em relação ao ano anterior. Este crescimento é atribuído a um aumento de 5% nas vendas de eletricidade, que totalizaram 624 milhões de euros, e a um incremento de 41 milhões de euros nos proveitos provenientes de parcerias institucionais nos EUA.
A produção de eletricidade da empresa cresceu 10% em termos homólogos, totalizando 10,9 TWh (terawatt por hora), com a Europa e a América do Norte a responderem por mais de 80% da produção total. Apesar do progresso na capacidade solar, a energia eólica continua a ser a principal fonte de geração, representando 82% do total produzido.
A EDP Renováveis, com sede em Madrid, é uma subsidiária maioritariamente detida pelo Grupo EDP (Energias de Portugal) e atua no sector das energias renováveis.
No exercício anterior, a empresa registou resultados líquidos negativos de 556 milhões de euros, em grande parte devido a "itens não recorrentes" que totalizaram 777 milhões de euros, relacionados com a decisão de interromper projetos na Colômbia e a determinação da joint venture Ocean Wind, em parceria com a Engie, de reconhecer uma imparidade de 133 milhões de euros no mercado norte-americano devido a incertezas regulatórias nos projetos "offshore".