Economia

Ascensão de duas retalhistas portuguesas no ranking global de retalho

há 3 horas

Jerónimo Martins e Sonae progrediram no ranking das 250 maiores retalhistas do mundo, marcando um crescimento significativo nas receitas em 2023.

Ascensão de duas retalhistas portuguesas no ranking global de retalho

A edição mais recente do relatório "Global Powers of Retailing", elaborado pela Deloitte, revelou que as empresas portuguesas Jerónimo Martins e Sonae conseguiram subir oito posições no ranking mundial de retalhistas. A Jerónimo Martins, conhecida pela sua cadeia Pingo Doce, ocupa agora a 37.ª posição, enquanto a Sonae alcançou o 138.º lugar. Ambas as empresas viram um crescimento notável nas suas receitas durante o ano fiscal de 2023.

A Jerónimo Martins reportou um aumento de 20,6% nas suas receitas, atingindo um total de 33.000 milhões de dólares (aproximadamente 29.230 milhões de euros). Por outro lado, a Sonae registou um crescimento de 8,9%, com receitas consolidadas de 9.134 milhões de dólares (cerca de 8.090 milhões de euros).

O relatório indica que, no conjunto das 250 maiores empresas de retalho, as receitas superaram os seis biliões de dólares (mais de 5,3 biliões de euros), representando um incremento de 3,6% em relação ao ano anterior. No entanto, este crescimento é considerado o mais baixo em mais de uma década.

No cume da lista, encontramos a norte-americana Walmart, cujas receitas de retalho ascendem a 650.000 milhões de dólares (cerca de 575.795 milhões de euros), seguida pela Amazon.com e pela Costco. A Walmart, por exemplo, obteve 31,8% das suas receitas fora dos Estados Unidos.

As conclusões do estudo destacam as pressões económicas, incluindo a inflação e a cautela dos consumidores, que têm influenciado o crescimento do setor. A Deloitte aponta para uma transformação significativa no retalho, com ênfase na eficiência operacional, na adoção de novas tecnologias e na sustentabilidade como fatores-chave.

João Paulo Domingos, líder da indústria de Consumer da Deloitte, referiu que as previsões para o crescimento nos próximos anos são as mais baixas das últimas décadas, apontando um aumento projetado de apenas 3,1%. As empresas de retalho, para se manterem competitivas, estão a procurar novas formas de gerar receitas, utilizando dados dos clientes como recurso valioso.

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