A AHRESP expressou hoje a sua preocupação com as repercussões financeiras do fechamento antecipado de estabelecimentos em Lisboa devido a festejos desportivos.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) manifestou, na manhã de hoje, a sua inquietação acerca do impacto económico resultante do encerramento antecipado de cerca de 60 estabelecimentos na área do Marquês de Pombal, em Lisboa, previsto para este sábado. Esta medida é consequência dos potenciais festejos relacionados com a liga de futebol e obrigará restaurantes, cafés e supermercados a encerrarem às 17:00.
A AHRESP expressou a sua compreensão pela necessidade de garantir a segurança pública, no entanto, advertiu para as consequências que tal decisão pode trazer para o sector: “O nosso foco reside na preservação da ordem, mas não podemos ignorar o impacto financeiro que esta restrição acarreta, especialmente para os negócios que dependem da presença de clientes em dias de grande movimentação”, afirmou à agência Lusa.
A decisão da Câmara Municipal de Lisboa, feita através de um despacho, vem a pedido da Polícia de Segurança Pública (PSP) e surge no contexto do possível título do campeonato a ser decidido durante o dérbi lisboeta entre o Benfica e o Sporting, agendado para as 18:00 no Estádio da Luz. Historicamente, os adeptos tendem a concentrar-se na rotunda do Marquês de Pombal e nas imediações para celebrar as vitórias.
A AHRESP sublinhou que a restrição de horários compromete “o segundo período de maior faturação semanal” e manifestou preocupação com a repetição de situações semelhantes, onde o comércio é forçado a encerrar por motivos preventivos, mesmo reconhecendo a necessidade de evitar desordens públicas em contextos de aglomeração.
O presidente da associação, em um tom conciliador, frisou que a segurança deve ser sempre a prioridade, mas reiterou que a medida gera preocupações legítimas sobre os prejuízos que a mesma pode provocar aos empresários. Desde o início, a AHRESP tem mantido comunicação estreita com a Câmara de Lisboa para discutir os efeitos desta decisão.
A Associação Avenida da Liberdade, que representa uma vasta gama de empresários da zona, também manifestou preocupação, destacando que a restrição afeta a atividade comercial, mas aceitando a necessidade de medidas de segurança. O seu presidente, Pedro Mendes Leal, comentou que “é imperativo que os empresários aceitem esta realidade, em prol da segurança pública, mesmo que isso implique impactos negativos na economia local.”
Face a este cenário, a AHRESP compromete-se a acompanhar a situação, promovendo diálogo com as autoridades competentes e estruturando apoio para ajudar os seus associados a mitigar os efeitos desta limitação, ao mesmo tempo que busca soluções mais equitativas para o futuro.