Domínio do PS em Coimbra, com exceções para o PSD em 2011 e 2015

O círculo eleitoral de Coimbra, hoje com nove deputados, tem registado uma tendência favorável ao Partido Socialista (PS) nas legislativas do século XXI, com exceção dos anos de 2011 e 2015, quando o Partido Social Democrata (PSD) se destacou.

Nas eleições de 2011, o PSD, no primeiro ato em que o círculo passou de 10 para nove mandatos, obteve cinco deputados, enquanto o PS conseguiu apenas três e o CDS/PP elegeu um.

No ciclo seguinte, em 2015, o PSD voltou a vencer, desta vez por uma margem reduzida, conquistando quatro lugares, igualando o número de mandatos do PS, enquanto o Bloco de Esquerda (BE) garantiu um.

Em diversas eleições, como em 2002, 2005, 2009, 2019, 2022 e 2024, o PS obteve resultados superiores ao PSD, embora isso nem sempre tenha sido refletido na atribuição de mandatos.

Por exemplo, em 2002, tanto o PS como o PSD garantiram cinco mandatos, enquanto em 2005, o PS subiu para seis, com os sociais-democratas a ficarem com quatro. Em 2009, os dois partidos empataram novamente com quatro mandatos cada, enquanto um foi para o Bloco e outro para o CDS. A mesma paridade repete-se em 2015.

Em 2019, o PS teve um desempenho robusto e elegeu cinco deputados, enquanto o PSD conseguiu três e o BE um. Em 2022, o PS conseguiu seis lugares, contra três do PSD, e em 2024, superou a coligação AD, que elegeu três, ficando o PS com quatro. O Chega fez a sua estreia em Coimbra com dois mandatos.

Para as próximas eleições a realizar a 18 de maio, o PS apresenta Pedro Delgado Alves, que foi deputado por Lisboa, enquanto a coligação AD é liderada pela ministra da Justiça, Rita Júdice. O Chega aposta em Paulo Seco, e o Bloco de Esquerda repete Miguel Cardina como cabeça de lista.

As listas de candidatos são bastante diversificadas, com a Iniciativa Liberal a escolher Catarina Graveto, e o Livre a apresentar André Chichorro de Carvalho. A CDU, com uma longa ausência de representação em Coimbra, repete Fernando Teixeira no topo da sua lista, enquanto o PAN mantém João Fontes da Costa.

Outras candidaturas incluem Sancho Antunes (ADN), Inês Tafula (Reagir Incluir Reciclar - RIR), Joana Bento Rodrigues (Nova Direita), Manuel Baeta (Volt), Pedro Marques (Ergue-te), João Guilherme Ribeiro (Juntos Pelo Povo) e Manuel São João (PPM).