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DEM vê oportunidade de mudança após dissolução do PKK

há 3 horas

O partido curdo turco DEM acolhe com esperança o anúncio do PKK sobre o fim da luta armada, vislumbrando um novo capítulo para o movimento curdo e diálogo com o governo.

DEM vê oportunidade de mudança após dissolução do PKK

O Partido para a Igualdade e Democracia Popular (DEM), uma força política de tendência esquerdista e pró-curda na Turquia, expressou hoje otimismo após a recente decisão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) de encerrar a sua luta armada. O porta-voz do DEM, Aysegul Dogan, descreveu a informação como um momento histórico e afirmou que "uma era está a chegar ao fim, enquanto se abre uma nova fase mais esperançosa".

Dogan revelou que o DEM, que esteve a atuar como mediador entre o movimento curdo e o governo turco nos últimos meses, planeia delinear um roteiro para as próximas etapas do processo de paz, a ser apresentado durante um congresso extraordinário após o anúncio do PKK.

A declaração do DEM surge poucas horas depois de o PKK ter comunicado que, após um congresso realizado na semana passada, decidiu dissolver a sua estrutura organizacional e pôr fim à luta armada. Este processo será supervisionado pelo seu líder, Abdullah Ocalan, que se encontra detido.

"Com isso, a missão histórica do PKK é considerada concluída", afirmou o PKK, frisando que essa escolha "fornece uma base sólida para a construção de uma paz duradoura". O partido curdo apelou também ao parlamento turco para "assumir a sua responsabilidade histórica", enfatizando a importância da libertação de Ocalan para liderar este novo capítulo.

As negociações de paz entre o governo turco e o PKK tiveram início em 2013, mas colapsaram em 2015, originando um aumento de conflitos nas regiões curdas do sudeste e leste turcos.

Historicamente, o PKK defendeu a criação de um estado independentista, mas atualmente reivindica maior autonomia para as áreas de predominância curda, que se estendem pelos territórios do Curdistão histórico, abrangendo também partes da Síria, Iraque e Irão.

O PKK é considerado uma organização terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pelo Reino Unido. Abdullah Ocalan, fundador do PKK, cumpre uma pena de prisão perpétua em Imrali, na Turquia, onde está detido desde 1999 após a sua captura em uma operação das forças turcas no Quénia.

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