O conclave avança para o segundo dia em busca do novo Papa, com a Capela Sistina temporariamente fechada ao público. Descubra factos fascinantes deste icónico local.
A Capela Sistina, um dos maiores ícones da arte e da espiritualidade mundial, é o palco onde, atualmente, se desenrola a eleição do novo Papa. Desde quarta-feira, 133 cardeais reúnem-se neste espaço repleto de beleza e mistério, aguardando a escolha do líder da Igreja Católica.
Enquanto o mundo observa com expectativa, surgem várias curiosidades sobre a capela:
Michelangelo e o seu desdém pela pintura do teto
Quando foi convidado a pintar o teto da Capela Sistina, Michelangelo hesitou e tentou recusar a tarefa por duas vezes. Acabou por aceitar o desafio, mas não sem antes desabafar numa carta a um amigo, onde expressou as suas queixas sobre dores nas costas e o desconforto de pintar a grandes alturas.
A enigmática figura feminina na 'Criação de Adão'
No famoso painel 'Criação de Adão', não é só a mão de Deus que chama a atenção; há uma figura feminina ao seu lado que provoca interpretações diversas. Alguns acreditam que seja Eva, que ainda não foi criada, enquanto outros sugerem que pode representar a Virgem Maria, acompanhada por um menino que muitos interpretam como Jesus.
Outros artistas na Capela Sistina
É comum pensar-se em Michelangelo quando se fala na Capela Sistina, mas é importante lembrar que outros grandes mestres, como Botticelli e Perugino, também contribuíram com obras notáveis nas paredes da capela, trazendo cenas fascinantes da Bíblia à vida.
A transformação do teto
Inicialmente, o teto da capela era um vibrante azul salpicado de estrelas. No entanto, em 1564, após a morte de Michelangelo, a Igreja decidiu cobrir algumas partes das obras, em especial na cena do 'Juízo Final'. Daniel da Volterra foi o encarregado de realizar as alterações, e parte desta censura foi mantida em restauros posteriores para preservar um registo histórico.
Maravilhas além da Capela
A distância de dez mil quilómetros, outra obra arquitectónica impressionante, Machu Picchu, no Peru, também data aproximadamente da mesma época em que a Capela Sistina foi criada, embora pertença a um contexto cultural completamente diferente.