Política

Corrupção Aberta: Ventura acusa democracia de trair o país

há 3 dias

Durante cerimónia do 25 de Abril, André Ventura afirma que a política transformou a corrupção fechada num fenómeno aberto e denuncia a impunidade e negligência que assolam o país.

Corrupção Aberta: Ventura acusa democracia de trair o país

André Ventura defendeu, numa sessão solene que celebrou os 51 anos do 25 de Abril e os 50 anos da eleição da Assembleia Constituinte, que a democracia, em vez de combater a corrupção, converteu-a numa realidade descarada. Segundo ele, os portugueses têm consciência de que a classe política está “corrompida ou corrompida” e disposta a vender os interesses do país em troca de vantagens alheias.

Durante o seu discurso, Ventura recordou as declarações de um deputado que referia décadas de corrupção a que se somaram mais 50 anos de práticas desonestas, transformando assim uma “corrupção fechada” numa “corrupção aberta”. O líder do Chega lamentou que, enquanto os condenados e criminosos desfrutem da liberdade para debitar com os fundos públicos, os verdadeiros problemas do país permanecem intocados.

O discurso iniciou com a recordação de Celeste Caeiro, a mulher que distribuía os cravos aos militares, mas que acabou por morrer abandonada numa urgência hospitalar. Ventura criticou a forma como o país celebra simbolismos vazios, esquecendo aqueles que pagam um alto preço com a negligência dos serviços públicos e que, nas urgências, continuam a morrer sem resposta adequada.

O líder do Chega também abordou temas polémicos como o assassinato de um jovem em Braga, sublinhando a inação das forças de segurança em episódios graves. Relativamente à imigração, defendeu que a crescente chegada de migrantes está ligada a um aumento alarmante de delitos contra mulheres e crianças, afirmando que não se deve permitir que terceiro objetifique ou dite o comportamento das portuguesas.

Para Ventura, os retornados das antigas colónias e os combatentes da guerra colonial são também vítimas de um sistema que os ignora. Reafirmou que, enquanto o Chega estiver no parlamento, o país nunca assinará indemnizações a nenhuma antiga colónia portuguesa.

Encerrando o seu discurso, citou Salgueiro Maia, recordando que “o 25 de Abril não se celebra, o 25 de Abril cumpre-se”, realçando assim o compromisso do Chega em dar continuidade aos ideais da revolução. A sala de intervenção registou aplausos de pé, acompanhada por várias dezenas de pessoas que se uniram à bancada do partido.

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