Consumir café pode diminuir o risco de morte em até 17%, revela estudo
Um novo estudo indica que a forma como tomamos café é crucial para reduzir o risco de mortalidade, com destaque para o café preto.

De acordo com a nutricionista Krutika Nanavati, o café é rico em cafeína e antioxidantes, que proporcionam benefícios neuroprotetores. O hábito de consumir esta bebida não apenas melhora a função cognitiva, como também pode estar ligado a uma diminuição do risco de morte.
Um estudo publicado no The Journal of Nutrition investigou a correlação entre os hábitos de consumo de café de 46 mil adultos e os dados de mortalidade do Índice Nacional de Óbitos ao longo de um período de acompanhamento médio de 9,3 a 11,3 anos. Durante o estudo, foram registradas 7074 mortes, classificadas por causas que incluíam várias condições, como cancro e doenças cardiovasculares.
Os pesquisadores avaliaram o consumo de café com base em três critérios: tipo (cafeinado ou descafeinado), teor de gordura saturada e adição de açúcar. Os resultados mostraram que o consumo de café preto está associado a uma redução no risco de mortalidade de pelo menos 14%. Especificamente, aqueles que bebiam pelo menos uma chávena de café por dia apresentaram uma diminuição de 16% na mortalidade por várias causas, enquanto aqueles que consumiam entre duas e três chávenas apresentaram uma redução de 17%.
Fang Fang Zhang, uma das autoras do estudo e professora na Friedman School of Nutrition Science and Policy, da Tufts University, salientou que os efeitos benéficos do café são atribuídos aos seus compostos bioativos, mas a adição de açúcar e gordura saturada pode diminuir esses benefícios.
O estudo também revelou que o consumo de três ou mais chávenas de café por dia não apresentou redução adicional no risco de mortalidade e, na verdade, poderia estar ligado a um aumento nos problemas cardiovasculares.