Conselho da Meta questiona apressada mudança na verificação de factos

Num comunicado recente, o Conselho de Supervisão da Meta pediu à direção da empresa que analise os possíveis efeitos da decisão de cessar o programa de verificação de factos nos Estados Unidos e de adotar uma abordagem mais flexível na moderação de conteúdo nas plataformas Facebook, Instagram e Threads.

Criado em 2020, o organismo criticou a escolha da Meta por abandonar as parcerias com organizações independentes de verificação, afirmando que a decisão foi tomada de forma precipitada e sem seguir os procedimentos habituais. O Conselho lamentou ainda que não tenha sido divulgada qualquer informação pública sobre os possíveis impactos desta decisão, em particular no que diz respeito aos direitos humanos.

Em janeiro, a Meta anunciou a extinção da verificação de factos nos EUA e alterou as suas regras de moderação, introduzindo as chamadas "notas da comunidade". Segundo a empresa, esta medida pretende evitar a censura excessiva de conteúdos, principalmente em comentários dirigidos a minorias, sublinhando que demasiados conteúdos foram removidos injustificadamente anteriormente.

Em resposta, várias organizações manifestaram preocupação, enfatizando que as mudanças poderão aumentar os riscos de propagação de desinformação e afetar negativamente grupos vulneráveis, como a comunidade LGBTQ+. O Conselho conclama a Meta a identificar e mitigar quaisquer impactos negativos nos direitos humanos que possam surgir com estas novas práticas.